28 de nov. de 2017

Belo Horizonte, 120 anos!


Prefeitura de Belo Horizonte prepara programação em comemoração ao aniversário da cidade. Aliada a uma agenda associada, a festa conta com mais de 170 eventos e entregas.Além disso, novo posicionamento e nova marca turística fortalecem o destino Belo Horizonte, em consonância com tendências do turismo mundial

Em 12 de dezembro de 1897, nascia a nova capital de Minas Gerais. O antigo Arraial do Curral Del Rei deu espaço para uma cidade planejada, com ares modernistas, batizada ‘Belo Horizonte’. Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura e referência histórica, 120 anos depois, Belo Horizonte ganha de aniversário uma programação extensa, plural, diversa e democrática, espalhada pelas nove regionais, para todas as idades e classes sociais.

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur e da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, organizou um calendário de eventos, do dia 1º ao dia 12 de dezembro, que além de festejar os 120 anos da cidade, inclui marcos importantes para os cidadãos belo-horizontinos. Como exemplo, a entrega do funcionamento de 100% dos leitos do Hospital do Barreiro, uma grande conquista dos belo-horizontinos na área de Saúde. E também shows de grandes bandas na Praça da Estação, como Skank e Sepultura.

Além disso, essa programação conta com city tour para promover conhecimento e vivência dos atrativos turísticos, eleição da Corte Real Momesca do Carnaval 2018, Cantata de Natal, exposições, atividades físicas e práticas esportivas ao ar livre, proposição de soluções para desafios da capital por meio da tecnologia (hackaton), oficinas de empreendedorismo para jovens, feira de adoção de animais entre outros eventos parceiros, totalizando mais de 170 ações descentralizadas. Toda a programação se encontra no site www.belohorizonte.mg.gov.br/120anos.

“Belo Horizonte completa seus 120 anos em estado de efervescência. É uma cidade onde as artes, a cultura, a gastronomia, o audiovisual, o design, a música, o conhecimento científico e a tecnologia movimentam o cotidiano, estimulam sua permanente renovação e dinamizam seu desenvolvimento, oferecendo uma diversidade de serviços e atrativos, sempre com a marca da tradição e da hospitalidade do povo mineiro. Parabéns Belo Horizonte!”, comemora Aluizer Malab, presidente da Belotur.

"A cidade é do cidadão. A melhor maneira que encontramos para participar da festa que comemora os 120 anos de Belo Horizonte foi buscar sintonia com os movimentos culturais que nos rodeiam, valorizando formas democráticas de convivência, potencializando manifestações artísticas existentes", diz Juca Ferreira, secretário Municipal de Cultura.

Para Rômulo Avelar, presidente da Fundação Municipal de Cultura, "é de extrema relevância que a celebração do aniversário de Belo Horizonte valorize a produção dos artistas locais, que é tão expressiva, e reafirme o papel da cultura no cotidiano de todos".

E, como não poderia faltar no aniversário, um imenso bolo será servido no Restaurante Popular da Rodoviária, para completar o ‘Parabéns para você’ de BH. Ou seja, são centenas de presentes para Belo Horizonte, essa cidade surpreendente para se viver e visitar.

BELO HORIZONTE: SURPREENDENTE

Com o aniversário, Belo Horizonte ganha também ‘roupa nova’. O lançamento de um novo posicionamento e marca turística renovam a imagem da cidade nos seus 120 anos, com estética contemporânea, alegre e convidativa. 
“Belo Horizonte: surpreendente”. Com esse reposicionamento estratégico, o destino turístico Belo Horizonte e sua competitividade se fortalecem, em consonância com as novas tendências do turismo mundial. Desse modo, para além dos atrativos turísticos já consolidados, outras facetas de Belo Horizonte também ganham visibilidade, abrindo caminho para o turismo de experiência, sensorial e personalizado.
“O novo posicionamento passa a orientar as estratégias de marketing e promoção de Belo Horizonte nacional e internacionalmente, assim como ações de comunicação para moradores e empreendedores turísticos da cidade, que são os verdadeiros coautores das experiências locais que surpreendem quem visita a capital mineira”, afirma Malab.
A nova marca turística de Belo Horizonte tem a missão de promover a cidade. Na prática, ela será usada em sinalizações públicas (placas indicativas), em meios de transporte (ônibus e táxis) e em todas as esferas do turismo (Centros de Atendimento ao Turista, feiras, eventos, materiais promocionais impressos e digitais).
"A nova marca de Belo Horizonte se inspira no próprio traçado da cidade e nos elementos que a caracterizam enquanto uma cidade cosmopolita, diversa, plural. As letras trabalhadas de forma aberta e irregular transmitem a sensação de infinito e movimento e fazem alusão a um horizonte que revela uma cidade em constante transformação. Tanto para quem visita quanto para quem vive a cidade. Uma Belo Horizonte urbana, moderna e versátil”, comenta o designer Virgílio Dória, da RC Comunicação, criador da marca.
Vale ressaltar que o Ministério do Turismo, em sua pesquisa de Competitividade dos Destinos Indutores do Turismo Nacional, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e pelo SEBRAE, destacou que Belo Horizonte é a cidade que mais cresceu na oferta de produtos turísticos nos últimos anos – que atuam sinergicamente com os atrativos já consolidados da cidade. 
Confira aqui o vídeo de apresentação da nova marca turística de Belo Horizonte: https://goo.gl/KRh1XC.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA - BELO HORIZONTE 120 ANOShttp://www.belohorizonte.mg.gov.br/120anos

21 de nov. de 2017

MARCO AUR... "NO MAIOR PIQUE"!

Marco Aur  - foto Kika Antunes


O músico Marco Aur convida a criançada para o show “No maior pique”, dia 03 de dezembro, domingo, às 11h, no Teatro do CREA Cultural (Av. Álvares Cabral, 1600 - Santo Agostinho – BH – MG). 

Após muitos pedidos, em um período de 4 anos desde o lançamento do disco homônimo “No maior pique”, Marco Aur retorna aos palcos de Belo Horizonte com o show “no maior pique” com suas músicas infantis que vêm encantando crianças e pais por todo lado por onde andou. 

No palco,  Marco Aur será acompanhado por Laura Souza, Ernane Marcos, Claudio Queiroz, Gustavo Scarpa e Daniel Magalhães. Caixas de folia se misturam com flautas de taquara e tambor de língua. O trio baixo, guitarra e bateria também não poderia estar fora. A sanfona sacode os acordes e o piano martela firme o bom e velho rock’n’roll. Sua voz também se integra de forma suave, como se Elvis estivesse vivo e fosse um avô carinhoso para as crianças. Vale conferir, “Pé de moleque”:

Você conhece algum moleque?
“Conheço, o Felipe!”
E se eu lhe disser, aceita um pé de moleque
“Eca papai!”

A contemporaneidade das canções tem em sua essência vários estilos musicais que convidam a cantar e dançar, e vão do rock sessentinha ao samba, passando pelo baião e pelo repente nordestino. Em sintonia com a riqueza das expressões da infância brasileira, forjada nos terreiros e praças do interior de Minas, Aur se sente à vontade no palco, dirigindo sua banda com a batuta de um brincante nos pátios da escola. Não foram em vão suas tardes jogando bolinha de gude na terra batida em frente sua casa, nem os longos momentos em que contemplava a cidade de cima do trepa-trepa da escola. Suas músicas tem o reflexo de uma infância rica de sons, cheiros, animais no terreiro e muitos amigos na pracinha. Isso pode ser conferido nas escolhas que ao longo do tempo vem fazendo. 

“São músicas que nasceram assim, cobertas de lama, com cheiro de quintal, de broa na cozinha, de cachorro lambendo minhas mãos, de alguém que se deita no chão lajeado pra sentir-se refrescado. Minha infância me deu muitos prazeres, me encontrava com a natureza com olhos abertos e me nutria de sensações reais, que me possuíam e eu a elas. Sei o que é o brincar profundo, a imaginação e o mistério de recriar a natureza, recriar o mundo fora e dentro de mim. O brincar me salvava do meu temperamento e das dificuldades de todo dia. Nesse show não escondo nada das crianças e de seus pais. Não venham somente pra se divertir, mas para se jogarem na lama, no chão batido, pra descerem a rua na patinete azul correndo muitos riscos.” (Marco Aur)

Os ingressos para o show do dia 03/12/17 podem ser adquiridos pelo site: https://www.sympla.com.br/marcoaur-no-maior-pique__216879
ou na loja: Livraria Ouvidor, Rua Fernandes Tourinho, 253 – Savassi, Belo Horizonte, MG (31) 3221.7473. Informações adicionais: 31 986237827

Marco Aur  - foto Kika Antunes

MARCO AUR
Mineiro de Caeté, Marco Aur começou seus estudos de música ainda muito cedo com alguns dos melhores seresteiros da cidade. Ampliou seus estudos ao ingressar na Corporação Musical Nossa S. do Bonsucesso, e mais tarde, com seus irmãos, formou a banda Quarta Dimensão, com a qual rodou o país. Já em Belo Horizonte, estudou Composição na UFMG, além de mestrado em educação musical, aprofundando seus conhecimentos na cultura da infância com a dissertação AS CANTIGAS DE RODA NA CRECHE JARDIM FELICIDADE – CENÁRIO VIVO PARA O “EXERCÍCIO DO OLHAR” – (2011 - UFMG). No período em que cursava a faculdade de música formou a banda Trinidad, com alguns de seus colegas. Gravou algumas dezenas de cds com suas bandas e também colaborando com artistas locais, tais como, Chico Lobo e Alda Rezende. Participou de vários projetos de educação musical e hoje é coordenador pedagógico do ACORDES, projeto de ensino de música erudita nas escolas, idealizado pela Fundação ArcelorMittal, com aulas de violino, cello e flautas. Atualmente o projeto contempla as cidades de João Monlevade e Juiz de Fora. Além disso, é professor de música nas Obras Educativas Padre Giussani, na região norte de Belo Horizonte, atendendo crianças de 02 a 06 anos de idade. Em 2013 lançou o cd “No maior pique”, cd este indicado ao Prêmio da Música Brasileira de 2014. Lançou também o cd “A missa dos meninos” em 2017, ambos pela gravadora Kuarup Música.

O DISCO:
Fruto de suas experiências como educador, suas viagens e suas inquietações pedagógicas e musicais, o projeto do cantor brinca e explora de maneira divertida, diversificada e lúdica com um universo infantil tão amplo trazendo uma mistura de gêneros musicais pouco explorados por profissionais ligados ao mercado voltado para as crianças. Longe de ser um repertório popular, o disco traz um caldeirão de ritmos combinados a experiências e histórias de aventuras vividas por alunos em sala de aula. O disco abre com Pé de Moleque, rockabilly com reminiscências vocais a Elvis Presley e bateria que lembra o ex-Beatle Ringo Star em início de carreira. A canção rock nos chama para as pistas de dança e anuncia o que vem por aí: música para curtir de montão, música que gruda na gente, música que transpõe a novos mundos. Em seguida aparece a canção Música na Cabeça, comentando o fenômeno da memória involuntária, muito típico das melodias populares. É um chorinho, com direito a pandeiro, clarineta e violão, apitos e até buzina de bicicleta. Tudo isso pra exorcizar o incômodo das canções que insistem em povoar nossa cabeça. Meu Dodói, terceira melodia do disco é hit. Não é possível passar ileso por este samba, sem um tropico, sem um arranhão. “Eu amo o meu dodói, ele é tudo pra mim”. Tanta importância assim tem muitos significados: como é duro machucar, como doeu, como eu preciso de carinho, mas também, que aventura eu passei, como eu sou forte e corajoso! É uma música cheia de ironia e humor. Alfafa, quarta canção do CD é um baião rasgado, reverenciando Luiz Gonzaga logo de cara. Sanfona, triângulo, violões e vozes. O som do sertão está no ar e nos convida para um rastapé. Bruna, faixa cinco do trabalho não espera. Se enfeita, se emboneca, se refestela. E vai ser de todas as bruxas, a feia mais bela. Vibrafone, bateria, concertina e risadas horripilantes, loops ácidos de Reason e cordas: um feitiço muito moderno de instrumentos e sons.  Se Você Quiser, a sexta canção entra e vai direto ao coração. Pai, mãe, menino e menina. Deveria ser, mas não é normal o pai pedir para brincar com o filho. A composição transforma sonho em atitude, muitas possibilidades, uma afeição concreta. Quem sabe é a criança que ensina e nos deixa entrar no seu mundo. Lembrando o grupo Uakti, um xilofone introduz a música, ritmando com as cordas do aço do violão e com o pandeiro. A clarineta, o baixo fretless e ao final uma irrupção de sons de djembes e guisos não assustam, a música excede. O Tubarão do Maurilo, faixa sete, é um haikai extraído do livro Rimarinhas de Maurilo Andreas. Não era para ser música porque a letra pequena desenvolve pouco, mas ela tem fôlego de bicho grande e muitos ruídos aquáticos que chamam a atenção. Clima de suspense e participação de Renato Braga narrando uma bela caçada. A seresteira Oh Mamãe é música de admiração e estima. Canção para se cantar alto com o coração pleno. A oitava canção do CD conta com a participação da cantora paulista Luciana Pires. Me Abraça, faixa nove, não era música, era um relato de experiência em sala de aula. Foi um fato. Triste, pois a criança sofrida não era capaz de um abraço, feliz, pois as aulas de música e a presença afetuosa de adultos fazem a diferença. Virou canção, pois as palavras foram ineficientes e pediram socorro. Novamente a música diz coisas indizíveis. A viola de repente nordestino introduz Bananeira, a faixa dez do CD. Executada pelo músico violeiro Chico Lobo, ela traz um ponteado típico do sertão que climatiza a música. Escala modal, triângulo, efeitos, violão seco e agudo e ao final, pífanos para novamente voltar à viola dinâmica nordestina. Suspensão, terra, sol e a infância plena. Você Sabe Me Dizer, última canção do álbum, foi criada em momento divertido, sobre uma cama, de barriga para o ar e muita vontade de brincar com os significados das palavras. A base rítmica feita com percussão corporal e beatbox foi criada naquele momento. Depois vieram o copo, os sacos, o pirex, o “latadrum” e outras pirações. O disco termina com a participação de Renato Boechat nos vocais. 

VISITE:

NO MAIOR PIQUE
de Marco Aur
03 dezembro, domingo, às 11h
Teatro do CREA Cultural
Av. Álvares Cabral, 1600, Santo Agostinho – Belo Horizonte/MG.
Ingressos: R$15,00 (meia), R$30,00 (inteira), já à venda:
ou na loja: 
LIVRARIA OUVIDOR, Rua Fernandes Tourinho, 253 – Savassi
Informações adicionais: 31 986237827


16 de nov. de 2017

PBH lança novo edital da Lei Municipal de Incentivo à Cultura


Certame traz como novidade dispositivos que garantem uma maior descentralização dos recursos e a desburocratização no processo de inscrição

Leonardo Beltrão - Juca Ferreira - Romulo Avelar - Foto-Rodrigo-Clemente


A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, lança o Edital da Lei Municipal de Incentivo à Cultura 2017/2018. As inscrições podem ser feitas a partir da próxima semana, de 22 de novembro de 2017 a 21 de janeiro de 2018. O edital completo, bem como todos os formulários de inscrição, estarão disponíveis no site www.pbh.gov.br/lmic. Serão aplicados mais de 20 milhões de reais entre as modalidades Fundo Municipal de Cultura e Incentivo Fiscal.

A plataforma de inscrição está entre as principais novidades deste edital. Neste ano, as inscrições serão recebidas através do Mapa Cultural BH, plataforma criada em 2016, que permite o georreferenciamento colaborativo de espaços culturais, equipamentos, eventos e agentes. A mudança trará uma maior clareza aos candidatos que forem se inscrever, além de realizar de forma mais eficiente o acolhimento de dados e indicadores para monitoramento. A inscrição também será simplificada, com a redução dos documentos obrigatórios e também de documentos específicos relacionados aos projetos.

O novo edital traz novidades também na distribuição dos recursos. A partir desta edição, ele irá contemplar com pelo menos 3% dos recursos projetos oriundos de cada regional do município. A ideia é contribuir para a descentralização dos recursos e das atividades culturais em Belo Horizonte. Na divisão dos recursos, cada área cultural também terá um percentual mínimo a ser aplicado.

“Ainda não é o formato de mecanismo que consideramos ideal, mas, diante das circunstâncias, do curto período desde a criação da Secretaria e dos diversos diálogos com os segmentos artísticos nos últimos meses, acho que conseguimos avançar bastante em relação aos últimos editais. Estamos trazendo, por exemplo, um período maior de inscrições e uma plataforma mais segura, a possibilidade de aprovação de alguns projetos plurianualmente - ou seja, por períodos de até três anos -, a garantia de descentralização e distribuição de recursos para todas as regionais do município e a redução da carga documental de inscrições, dentre outras novidades. A composição da Câmara de Fomento com ampla representatividade da classe artística será de suma importância também. Houve um grande esforço para conseguirmos um Edital com R$ 20 milhões e vamos buscar fortalecê-lo ainda mais nos próximos anos. Para os Editais seguintes, inclusive, já avançaremos com a questão da setorialidade, outro ponto que consideramos fundamental”, afirma Juca Ferreira, Secretário Municipal de Cultura.

Modalidades
Os projetos culturais podem ser inscritos em duas modalidades: Incentivo Fiscal (IF), no qual a Prefeitura pratica a renúncia fiscal em favor de projetos de caráter artístico-cultural; e Fundo Municipal de Cultura, mecanismo por meio do qual o Município de Belo Horizonte viabiliza diretamente projetos culturais. Para cumprir sua vocação de democratizar o acesso e contemplar o máximo de pessoas interessadas, o edital prevê que cada empreendedor poderá inscrever, no máximo, dois projetos, sendo um em cada modalidade.

Os projetos devem apresentar uma proposta de contrapartida sociocultural, ação a ser desenvolvida pelos seus realizadores como forma de retorno ao apoio financeiro recebido. O edital deste ano traz um leque maior de opções que podem ser consideradas como contrapartida, entre eles estão a doação de produtos culturais ou de cota de ingressos, o desenvolvimento de atividades tais como oficinas, espetáculos e palestras em bairros periféricos de Belo Horizonte ou mesmo nos Centros Culturais mantidos pela Fundação Municipal de Cultura, entre outras ações, inclusive prevendo dispensa do Termo de Contrapartida em alguns casos.

Avaliação
Após as inscrições, os projetos passarão por duas etapas de seleção. Primeiramente será feita uma análise documental, de responsabilidade da Comissão de Habilitação, sobre a conformidade dos projetos quanto aos documentos exigidos no edital. Em seguida, os projetos habilitados passam pela etapa de análise e julgamento, de competência da recém-criada Câmara de Fomento à Cultura Municipal.

A formação da Câmara de Fomento será paritária, com 12 membros da sociedade civil escolhidos por meio de um processo eleitoral (atualmente em vigor), e 12 representantes do poder público. O grupo também fará a análise de readequações aos projetos, prestação de contas, prorrogações de prazo, entre outras funções. Os integrantes serão gratificados por cada uma das funções desempenhadas. Os projetos serão avaliados com base nos critérios de consistência, exequibilidade, acessibilidade, impacto cultural e efeito multiplicador. A pontuação dos critérios de avaliação está explicitada no edital.

Edital da Lei Municipal de Incentivo à Cultura 2017/2018
Inscrições | 22 de novembro a 21 de janeiro
INSCRIÇÕES GRATUITAS

31 de out. de 2017

Secretaria de Estado de Cultura lança Fundo Estadual de Cultura 2017

Edital deste ano disponibiliza R$ 9,5 milhões em recursos para democratizar o acesso à produção e fomentar a cultura em Minas Gerais; inscrições passam a ser totalmente online
Grupo Aruanda - Crdito Carlos Alberto 2

As manifestações culturais e artísticas são a expressão de um povo e a marca de um tempo. É por meio da cultura que os indivíduos ressignificam aspectos da vida privada, social e política, alargando a percepção de mundo e fomentando a bases para a formação de um pensamento crítico. O Fundo Estadual de Cultura (FEC), lançado nesta terça (31)pela Secretaria de Estado de Cultura, vai ao encontro dessas premissas, contribuindo para a democratização da produção cultural do estado e para o fomento às mais diversas manifestações artísticas presentes em Minas Gerais. O edital deste ano, com inscrições abertas de 7 de novembro a 7 de dezembrodisponibiliza R$ 9,5 milhões para projetos culturais que tradicionalmente encontram dificuldade em captar recursos no mercado. O repasse de recursos do FEC, ao contrário da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, é direto, sem necessidade de captação junto a empresas, e contempla, de uma forma geral, manifestações da cultura popular, pequenas entidades, grupos e coletivos, tendo uma visão mais voltado ao interior do estado.
Para o superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura, Felipe Amado, o FEC vem sendo estruturado e aprimorado a partir dos anseios da população, como forma de promover um edital que esteja diretamente ligado às demandas da sociedade. “Nosso objetivo é transferir recursos do Fundo Estadual de Cultura aos 17 territórios de desenvolvimento de Minas Gerais, além de manter o aporte de recursos a projetos de culturas populares e tradicionais, e também aos pontos de cultura”, pontua Felipe.

O edital de 2017 foi subdividido em duas frentes para aprimorar a distribuição de recursos e dar ainda mais transparência ao processo. Uma das frentes destina-se a Organizações da Sociedade Civil e possui valor total de R$ 7 milhões. Este edital está dividido em três categorias: 1) Projetos que promovam as culturas populares e tradicionais, no valor máximo de até R$ 25 mil, totalizando R$ 2 milhões; 2) Projetos de Cultura em Geral: realizados pelas organizações da sociedade civil, com valor máximo de até R$ 100 mil, somando R$ 3,5 milhões 3) Pontos de Cultura: com valor máximo de até R$ 50 mil, somando R$ 1,5 milhões.
A segunda frente é destinada para instituições de Direito Público Municipal e irá contemplar as mais diversas atividades artístico-culturais em projetos de até R$ 100 mil. Cada prefeitura ou instituição pública (Pessoas Jurídicas de direito público) de natureza cultural vinculada à prefeitura poderá apresentar somente uma proposta. O valor total deste edital é de R$ 2,5 milhões.

INSCRIÇÕES E NOVIDADES
O período para submeter o projeto no edital do Fundo Estadual de Cultura vai do dia 07/11/2017 a 07/12/2017. Este ano todo o processo de inscrição e apresentação de projetos será realizado de forma online por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura. A novidade tem por objetivo democratizar o acesso ao edital, permitindo que um maior número de pessoas participe do processo seletivo. A plataforma será disponibilizada no site www.cultura.mg.gov.br a partir do dia 7 de novembro.
ENTENDA OS VALORES
O FEC 2017 foi dividido em dois editais:
VALOROBJETO
R$ 7 milhões subdivididos em:
Projetos de Culturas Populares e Tradicionais: R$ 2.500.000,00
Projetos de Cultura em Geral: R$ 3.000.000,00
Lei Cultura Viva: R$ 1.500.000,00
Edital destinado às Organizações da Sociedade Civil
R$ 2,5 milhões
Edital destinado às instituições de Direito Público Municipal
R$ 9,5 milhõesValor total do Fundo Estadual de Cultura 2017
HISTÓRICO
Criado em 2006, o FEC chega a sua décima edição. Com a edição 2017, o Fundo chega ultrapassa a marca dos R$ 76,5 milhões, com atendimento a mais de 1600 projetos culturais. Neste ano, o aporte será de R$ 9,5 milhões, que irá incentivar aproximadamente 250 propostas.

30 de out. de 2017

2017: 50 ANOS DO STUDIO BEMOL

 A história da música brasileira passa aqui!

Dirceu e Ricardo Cheib - foto: Márcia Francisco


Um dos pioneiros da gravação no Brasil, fundado em 1967, quando existiam apenas quatro estúdios fonográficos no País e, também, pioneiro em gravações profissionais em Belo Horizonte, o Studio Bemol, completa 50 anos  de uma história brilhante. Tendo à frente Dirceu Cheib, um de seus fundadores, testemunha ativa da história da música e respeitável engenheiro de som, o estúdio se tornou referência obrigatória no que diz respeito à história da produção fonográfica brasileira e, também,  da música que vem de Minas.

A sala é atestada por muitos dos  grandes produtores  - entre eles Marco Antônio Guimarães-Uakti, André Abujamra-Karnak e Dudu Marote - como uma das melhores salas acústicas do Brasil.

Ao lado de Dirceu, está o filho mais novo, o músico Ricardo Cheib, que também administra a Bemol, por onde passaram  (e passam) inúmeros dos mais prestigiados artistas mineiros, reconhecidos em âmbito internacional, além de grandes nomes da música internacional e  brasileira e onde gerações de artistas se conheceram.

As cinco décadas, reúnem histórias muito especiais. Foi esse estúdio que registrou pela primeira vez, vários artistas mineiros, como o Uakti, Marcus Viana e Sagrado Coração da Terra, Esdra Ferreira–Neném, Fernanda Takai, entre muitos.

Pelo fato de ter sido o primeiro estúdio da cidade, abrimos uma porta com a qual Belo Horizonte nem sonhava. De alguma maneira, temos um papel importante na história da cidade. Houve uma época em que ir para o Rio de Janeiro e São Paulo gravar um disco era difícil. Então, quase todos os artistas daqui passaram pelo Bemol. Era uma maneira dos músicos terem uma espécie de cartão de visitas”  (Dirceu Cheib)


Dirceu Cheib e Ivan Lins, 29 anos após a primeira imagem, acima. Reencontro no Bemol Studio

Milton Nascimento, Gilvan de Oliveira, Wagner Tiso, Pacífico Mascarenhas, Toninho Horta – guitarrista contratado Bemol, no início da carreira, Clara Nunes, Fernando Brant, Ivan Lins, Dominguinhos, Danilo Caymmi, Nelson Angelo e Oswaldo Montenegro, Tavinho Moura, Juarez Moreira, Geraldo Vianna, Weber Lopes,  Beto Lopes, Vander Lee, Antonio Villeroy, Belchior, Celso Adolfo, Skank, Karnak (André Abujanra), Saulo Laranjeira, Flávio Venturini, Nelson Gonçalves, Maurício Tizumba, Marina Machado, Regina Souza, Túlio Mourão, Tino Gomes, Sérgio Moreira, Sérgio Santos, Nivaldo Ornellas, Marco Antônio Araújo, Marku Ribas, Roberto Corrêa, Babaya, Fernando Araújo, André Dequech, Rufo Herrera, Selmma Carvalho, Ladston do Nascimento, Paula Santoro, Renato Motha e Patrícia Lobato, Tabajara Belo, Titane, Chico César, Antonieta Silva (Grupo Instrumental Marina Silva), Edição Brasileira, a escritora Adélia Prado, Mauro Rodrigues, Waldir Silva, Amaranto, Pato Fu, Geraldo Vianna, Beto Guedes, Lô Borges, Paulinho Pedra Azul, Célio Balona, Oswaldo Montenegro, Luís Caldas, Tadeu Franco e até o Presidente JK, estão entre os incontáveis nomes que passaram pelo Estúdioque, também incluem artistas internacionais, tais como: Heikki Sarmanto (maestro finlandês), Scott Anderson (guitarrista de Chicago), Philipp Glass (produtor de estúdio).
Importante registrar, também, que entre as  trilhas de cinema gravadas no Bemol, estão: Lavoura arcaica (Marco Antonio Guimarães), Cabaré Mineiro (Tavinho Moura), A Dança dos Bonecos  (Nivaldo Ornelas) e  O Vestido (Túlio Mourão), O viajante (Tulio Mourão).  Das trilhas para o Grupo Corpo: Bach (Marco Antonio Guimarães), 21 (Uakti), I ching (Uakti)  e Maria Maria (Milton Nascimento)

A história dos 50 anos do Bemol é construída sobre o pilar sólido de empreendimento responsável, experiência, competência, atitude  e olhar atento à evolução dos tempos. O Studio Bemol foi o primeiro estúdio brasileiro a utilizar gravadores transistorizados, lançados na época da inauguraçãomas, não parou por aí.

Reconhecido entre os melhores do mundo, observou com critério a evolução, exercitando a aplicação das tecnologias do analógico ao digital, aperfeiçoando cada vez mais o uso do bom senso, ante os milagres das novas tecnologias. “Tecnologia não é tudo”, afirma Dirceu. O Bemol possui hoje os mais avançados recursos digitais, mas, com a observação da qualidade em foco, vários dos processos e equipamentos utilizados nos trabalhos, são analógicos.  Junto ao segredo do sucesso do Bemol, certamente estão os seres humanos que o  administram. Os Cheib são a alma do estúdio e fazem a diferença. Funcionando em uma sala de gravação muito bem projetada acusticamente – uma das melhores salas acústicas do Brasil - a Bemol atua sob o comando de técnicos experientes e  sensíveis.

RARIDADE E ATUALIDADE
O estúdio possui raridades preciosas, em âmbito mundial,  como um microfone ELLA TELEFUNKEN, considerados a “Mercedes” dos microfones. Ao lado dos equipamentos antigos, famosos e raros no mundo, inovações que amplificam a qualidade sonora produzida ali.
Há cinco anos a Bemol adquiriu um piano de cauda Yamaha  - um C2 - de altíssima qualidade. Sempre atentos a soma das novas tecnologias à indiscutível qualidade do estúdio.


HISTÓRIA
O fundador, Dirceu Cheib, natural de Belo Horizonte/MG - na ocasião estudante  de Direito,  em parceria com o irmão, Afrânio Cheib e o amigo, o advogado Célio Luis Gonzaga resolveram montar uma gravadora. A idéia surgiu quando,  em São Paulo, Célio Gonzaga conheceu o maestro Edmundo Peruzzi que os convenceu a iniciar o empreendimento. O incentivo veio a partir da constatação do  sucesso que  Peruzzi obteve, com a gravação do  LP ‘Violinos no Samba’, pela RGE. Tratava-se de uma idéia inusitada que fez sucesso mundial: uma orquestra sinfônica, com uma cozinha de samba, tocando 12 sucessos da música erudita. Os três sócios – Dirceu, Afrânio e Célio criaram em BH o Selo MGL-Minas Gravações  Ltda, que se tornaria o embrião do Bemol.  Quando os trabalhos começaram, o Selo que,  em seguida passou a chamar-se  Palladium,  criava coleções de discos e contratava vendedores para visitas domiciliares em todas as regiões do Brasil.
Havíamos comprado um quarteirão no município de Betim, para montarmos uma indústria de prensagem de discos. Com as  dificuldades no período ditatorial, tivemos que vender tudo” , registra Dirceu Cheib. O Selo, então, deu lugar ao Estúdio. A produção dos discos era sempre oriunda de outros estados.  A criação do Studio Bemol também facilitou a renovação dos títulos e gravações externas que oneravam os custos com deslocamento das equipes.  Como selo, a empresa bancava o artista e todo o investimento na obra. Houve, de fato, forte crise no mercado, com a ditadura. No estúdio, na época das “vacas magras”, a salvação foi a publicidade e a produção de vts e jingles.  Na década de 80, surgiram os artistas “independentes”, que gravavam e bancavam o próprio trabalho renovando as condições de atuação do Estúdio que explodiu em novas e inéditas produções.
Da sociedade, também a  partir da década de 80, com a saída dos dois sócios de Dirceu, os filhos: Ricardo Cheib (percussionista e engenheiro de som) e Lincoln Cheib (atual baterista da banda de Milton Nascimento) se integraram ao Bemol, hoje administrado por Dirceu e Ricardo.

DIRCEU CHEIB
O Bemol nasceu quando não havia literatura ou informação sobre as tecnologias para montar um estúdio de gravação. A pesquisa era difícil e o estúdio aconteceu com o empenho e persistência do fundador Dirceu Cheib  e os sócios. Dirceu pode ser literalmente considerado um “engenheiro de som”, pois, iniciou seus trabalhos quando o profissional para lidar com áudio e gravações precisava conhecer, além de música, muito da eletrônica contida nos aparelhos. Durante os seis meses de  montagem do estúdio e,  principalmente,  da mesa de gravação, Dirceu iniciou aulas de Eletrônica básica com Canazarro, engenheiro que veio para  Minas Gerais, dirigir os trabalhos. O aperfeiçoamento aconteceu com muita experiência prática e,   a partir de 1974,  com viagens a Chicago, onde mora  o Geraldo de Oliveira, músico, engenheiro de áudio e amigo de Cheib que  sempre o acolheu e o  encaminhou a excelentes estúdios. Gravando de orquestras a grupos de samba, passando por instrumental, MPB, pop, sertanejo ou heavy metal, trilhas para cinema, peças publicitárias, campanhas políticas, Dirceu ao longo dos anos acumulou uma vasta experiência nos mais variados tipos de trabalho dentro de um estúdio. Ao desempenhar funções de engenheiro de som, produtor ou técnico de manutenção, ele acompanhou os vários estilos musicais passando por seu estúdio, também viu concorrentes surgirem e desaparecerem da noite para o dia.   Durante muitos anos o estúdio trabalhou no mercado mineiro quase que sem concorrentes, ao contrário de hoje, quando os estúdios se multiplicam diariamente. O diferencial do Bemol soma a sala de gravação bem projetada acusticamente à experiência dos técnicos e ao ambiente acolhedor, carismático e de confraternização que a história deste estúdio construiu.

Presenciei  as válvulas se tornando “coisa do passado” para alguns e também, vi  o surgimento dos solid-state e, recentemente, vi  o retorno das válvulas à moda.  Vi o digital engatinhando no inicio dos anos oitenta e seu crescimento. Meu trabalho tem como referência o bom senso. Embora utilize uma série de ferramentas digitais, vários processos e equipamentos empregados no Bemol são analógicos, por escolha.” (Dirceu Cheib)

O ESTÚDIO
Inaugurado em 1967, no Bairro Caiçara, o Studio Bemol se mudou para o Bairro de Lourdesem 1981, ocupando uma casa alugada do músico Pacífico Mascarenhas, adaptando sua construção ao modelo do estúdio da Universal em Chicago e, em 1992, a equipe construiu a nova sede, instalada no Bairro Serra, seu atual endereço.

A primeira console foi montada  em BH, com os componentes importados; Pres valvulados Langevin,VCs Gotham e outros contemporâneos. O primeiro estúdio Bemol foi projetado pelo técnico de eletrônica, com experiência em gravação,  Sérgio Lara Campos. Havia uma mesa  com 12 entradas e 4 Bus, 2 gravadores Ampex transistorizados de Rolo ¼ de polegada, os primeiros do Brasil, na época,  Stereos e excelentes microfones, incluindo 4 ELLA Telefunken. Toda a orquestra (ou banda) se reunia  dentro do estúdio e tudo era gravado de uma vez, no primeiro Ampex o segundo gravador era usado para juntar voz e Banda. “Se alguém errasse....todo mundo tinha que tocar tudo novamente”, lembra Dirce Cheib.

O atual Studio Bemol foi projetado pelo arquiteto, músico e professor universitário Dr. José Osvaldo Moreira. Em plena atividade, hoje, a Bemol conta com 84 metros quadrados de estúdios, mesas digitais e analógicas e atua atenta ao principal: a união da qualidade na apresentação final à fidelidade ao som original. 

Na pauta dos 50 anos, novos clientes, idéias, a concretização do antigo sonho da produção de um livro com a família Cheib e consultores – testemunhas oculares de inúmeros fatos pitorescos -  contando a história do Bemol, que se funde com nossa  música e artistas, nestas quatro décadas. 

CURIOSIDADES, ERROS E ACERTOS...

Primeiro cliente:
“Enquanto ainda estava tudo no tijolo, surgiu um rapaz, querendo gravar seu disco. Era o José Vicente, violonista, de Cruzília e, no Bemol gravou seu primeiro Álbum,  “Noite de Lua” – este também foi o primeiro disco gravado em Belo Horizonte”. (Dirceu Cheib)

Sumiço:
No início do Estúdio, o Bemol gravou um disco da cantora Clara Nunes, que estava começando sua carreira. Porém, um defeito fez com que o disco fosse recolhido do mercado. Quando foram prensar  novamente,  a Odeon contratou Clara. Desde a época até hoje a matriz do disco dela e a fita estranhamente sumiram! E todo o trabalho foi perdido.


Juscelino Kubitschek:
 A passagem de Juscelino pelo Bemol se deu através da participação na gravação de um disco de serestas. O disco apresentava as músicas preferidas do ex-presidente e foi gravado na época em que ele estava cassado.  “Era um disco que ia arrebentar, pensávamos. Juscelino fez a gravação de uma fala e todo mundo pensava que ele estava cantando no disco. Mandamos fazer dez mil capas.  Recebi telefonemas de emissoras de rádio de todo o Brasil, pedindo preferência. No entanto, não deu certo! O AI-5 foi editado: censura do regime militar embargou o vinil. Tratava-se de um disco que nada tinha a ver com o momento político –seresta – mas, como ex-presidente estava envolvido mandaram recolher tudo”, conta Dirceu Cheib.

Jingles famosos
Quem tem mais de 30 anos, certamente se lembrará do comercial televisivo do Arroz Paranaíba (1972), em que uma animação apresentava o “batalhão do apetite”. As vozes, gravadas no Bemol,  eram dos irmãos Ricardo Cheib, Lincoln Cheib e dos colegas de rua, da época da infância. São da mesma época os comerciais da Belo Horizonte Couros, Lojas Bakana, Motorauto, Ari Amortecedores e outros famosos na cena local.

A MÚSICA FALA:
"Bemol, primeiro estúdio conhecido pelos músicos de Minas e adjacências, é um símbolo de persistência e qualidade. Acho que a maioria dos amantes do som já passaram pelas mãos, ouvidos e competência do Dirceu e seus asseclas, em pauta. Parabéns também aos sustenidos, tons aos afinados (ou não), arranjadores, todas as espécies de artistas, filhos de Santa Cecília. Abraços."

Milton Nascimento 


"No final da década de 70, o Uakti ainda não existia como grupo e eu havia construído poucos instrumentos. Foi quando, por gentileza de Dirceu Cheib, tivemos a oportunidade de gravar em estúdio, pela primeira vez, esses instrumentos. Saímos de lá com um rolo da velha e boa fita de 1/4 mixada. Foi uma festa. Dessa época até hoje, tivemos a oportunidade de gravar na Bemol vários cd's do Uakti, trilhas para cinema, balés para o Grupo Corpo, além de trabalhos solos. São muito boas as lembranças de todas essas gravações: o inalterável bom humor do Dirceu, assobiando trechos das músicas, a grata surpresa da competência técnica e musical do Ricardo, a simpatia da Vilma, o café do Cosme. Vida longa à Bemol, com meus agradecimentos e do grupo Uakti."

Marco Antônio Guimarães



"Quando gravei minha primeira demo, no fim dos anos 80, escolhi a Bemol quase por acaso, mas depois percebi que
 estava num dos melhores estúdios do Brasil. Não adianta ter equipamento se a equipe não tratar cada músico e cantor com a atenção e carinho merecidos. Gravei o terceiro disco do Pato Fu ("Tem mas acabou") na Bemol e acredito que sempre retornaremos para projetos futuros e para dar um abraço nos amigos!" 
Fernanda Takai



"As trilhas sonoras para o cinema e a maioria de meus discos foram criados e gravados na Bemol. Ali eu me sinto em casa, seguro da competência técnica, da qualidade e cercado das amizades que cultivo a anos. Parabéns, Bemol !" 
Tavinho Moura



"Dirceu e Ricardo: é quase impossível se referir à música mineira sem falarmos na Bemol. Desde o começo dos anos 60 até agora, ela se tornou um elemento importante da (na) cena musical de Belo Horizonte, aperfeiçoando-se e acabando por se confundir com a própria música mineira. Quase todos nós tivemos a nossa estréia em um estúdio de gravação através da Bemol. Recomendo a Bemol pelo profissionalismo e seriedade." 
Juarez Moreira 


"Minha primeira gravação aconteceu na Bemol, nos anos 70. A partir de então, minha vida profissional esteve sempre ligada a esse estúdio. Tenho trabalhado em muitos outros bons estúdios. É ali, no "ambiente dos Cheib", que me encontro mais fácil com a música. Talvez seja pela sala, pelas máquinas, mas principalmente pela atenção que recebo. Por tudo e para todos, meu muito carinhoso obrigado." 

Mauro Rodrigues 


"A gravação de um cd não se resume apenas ao registro de uma obra fonográfica. Durante a produção em estúdio, nos envolvemos profundamente com aspectos psicológicos, que certamente vão influenciar a qualidade e o desempenho de nossa "performance". Por este motivo, considero de extrema importância escolher bem as pessoas que estão à minha volta, para que o artista tenha um suporte técnico de alto nível, e, acima de tudo, amizade e respeito daqueles que auxiliam na difícil empreitada de gravar um disco. Dirceu Cheib, com sua equipe da Bemol, através de anos de experiência, conseguiu unir todas essas características profissionais e humanas. Com carinho e personalidade, ele tornou o estúdio Bemol um dos principais pontos de produção do país. Como a história somente é vista quando lançamos um olhar para o passado, certamente, no futuro, poderemos constatar sua importância e generosidade partilhadas no presente em que vivemos.”
Geraldo Vianna


"Na Bemol eu consigo ouvir o verdadeiro e cristalino som de bateria, dos melhores do Brasil."
Esdra Ferreira (Neném)


"Existem várias coisas de que a gente precisa saber para gravar bem, a primeira é o telefone da Bemol. Um lugar em que eu gravo muito, me da segurança no take e na finalização."

Ruben de Souza 


"Não sou de sustenido; sou de Bemol. Estarei sempre com essa família, faça chuva ou faça sol" 

Paulinho Pedra Azul

 "Quando entrei para o mundo da música, a Bemol estava nascendo. Desde 1967, ela está presente em minha vida e ali foram gravados sonhos, momentos e canções inesquecíveis. Ali eu semeei amizades eternas.” 
Fernando Brant

Assessoria em Comunicação e Imprensa:  Márcia Francisco

Seleção para Galeria de Arte da Cemig tem inscrições prorrogadas

Seleção para Galeria de Arte da Cemig tem inscrições prorrogadas
Espaço, sem finalidades comerciais, se dedica, há 30 anos, exclusivamente às artes plásticas


O Espaço Cultural da Cemig, um dos mais antigos e tradicionais espaços exclusivamente dedicados às artes plásticas de Belo Horizonte, está com as inscrições abertas para sua 24ª Concorrência de Talentos, que vai definir a programação 2018/2019. O prazo de envio de propostas artísticas foi prorrogado até o próximo dia 10 de novembro. Podem participar propostas de manifestações de artes plásticas e visuais criadas por artistas de todo o País, desde que residentes em Minas Gerais há pelo menos dois anos, conforme edital (goo.gl/4MT5de).

A abertura do Espaço Cultural da Cemig para exposições artísticas tem o objetivo de trazer manifestações diversas, proporcionando um enriquecimento cultural ao ambiente empresarial. Além disso, a iniciativa visa oferecer aos artistas residentes em Minas Gerais uma oportunidade de apresentar seu trabalho à sociedade.

Os artistas interessados em expor deverão encaminhar, impreterivelmente, até 10 de novembro, ficha de inscrição preenchida e suas propostas artísticas, contendo os itens descritos no regulamento, em correspondência registrada e endereçada à Superintendência de Comunicação Empresarial da Cemig, Avenida Barbacena, 1.200, 19º andar, ala B2, Santo Agostinho – CEP 30123-970, Belo Horizonte – MG.

Há, ainda, a possibilidade de a proposta ser entregue, pessoalmente, no horário das 9 horas às 11h30 e das 14 às 17 horas, de segunda a sexta-feira, no local indicado acima. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site da Cemig.

As propostas serão julgadas, em novembro deste ano, por um Conselho Curador, formado por críticos e estudiosos das artes plásticas.
  
30 anos de sucesso absoluto
A Galeria de Arte é um sucesso absoluto de público, durante seus trinta anos de existência. O espaço, inaugurado na década de 80, foi responsável pela associação da marca da Empresa ao meio cultural mineiro, relacionando a Cemig com a sustentabilidade e a democratização da arte, em um espaço aberto e gratuito.

Nos últimos anos, grandes nomes passaram pelo espaço cultural da Cemig por meio da Concorrência de Talentos, dentre os quais, Adel Souki, Eymard Brandão, Fabrício Fernandino, Fátima Pena, Lauro Roberto Lisboa, Maurino Araújo e Orlando Castaño. Personalidades ligadas às artes, como a colecionadora Márcia de Moura Castro, e artistas, como Mário Zavagli, criaram exposições especialmente para comemoração dos aniversários da Empresa.