29 de jan. de 2013




clique na imagem e veja a programação:



PRÉ-CARNAVAL DA DONA JANDIRA
No dia 02 de fevereiro, sábado, das 10h às 22h, o Espaço Multicultural Dona Jandira (Rua Santo Antônio, 484 – Itatiaia – Povoado de Ouro Branco- MG) realiza o PRÉ-CARNAVAL DA DONA JANDIRA. Sambas e marchinhas de Carnaval fazem a folia de quem escolher este super programa pré-carnavalesco.

Dona Jandira canta e recebe no palco os artistas Rita Silva, Cida de Amaral, Clever Bambu, Agatha Flores, Cassia Silva, André Varogh, Thiago Valentin, Fernando Costa, Black Pio, Eda Costa, para fazer a festa, entre outros convidados igualmente especiais.O Espaço dispõe de restaurante com comida mineira. Entrada R$10,00 (dez reais), alimentação à parte, com cartela de consumo individual.
Informações adicionais e reservas: (31) 86262102
espacoculturaldonajandira@gmail.com

28 de jan. de 2013

"ATRÁS DO JACARÉ VAI ATÉ QUEM JÁ MORREU"!

Idealizado em 2012, e pela cantora e professora de canto, Celinha Braga e pela percussionista Analu Braga - dentro das comemorações de 15 anos da Celinha Braga Oficina de Música - localizada na Pampulha, o Bloco “Atrás do Jacaré”nasceu para resgatar os tradicionais blocos de carnaval e suas marchinhas, valorizando ainda mais a região da Pampulha, em proposta de bom humor. O nome escolhido faz alusão ao famoso jacaré existente na Lagoa da Pampulha.
O primeiro desfile foi marcado por pura alegria e sucesso e agora, “Atrás do Jacaré” já é parte do calendário oficial do Carnaval em BH.

Na versão 2012, anfitrionados por Juscelino Kubitscheck (Walber Braga Jr) e sua esposa Sarah Kubitschek (Márcia Francisco), o bloco contou com a participação das Formosas: Babaya, Lu e Celinha, puxando as marchas, nos vocais, a presença de Dona Jandira entre várias vozes igualmente especiais e, de Marcos Flávio, Alaécio Martins e Juventino Dias, nos sopros. Puxando a bateria, composta por oficineiros e músicos convidados, a percussionista Analu Braga.

Surpresas divertidas fazem parte das caracterizações dos foliões, incluindo o Jacaré, na pele de Analu Braga e muitos animais da Lagoa, encarnados pela bateria.
Em 2013, o Bloco sairá no dia 9 de fevereiro, sábado, às 11h, com concentração às 10h, na Celinha Braga Oficina de Música (Av. Alfredo Camarate, 279 - 1 quarteirão da Lagoa, quase ao lado do Promove); e seguirá pela Alfredo Camarate até a orla da Lagoa, rumo à Praça São Francisco de Assis, ao lado da Igrejinha. Puxando a bateria, na percussão, junto com a regente Analu: Fábio Feriado e Marcos Nascimento.
A Marchinha Atrás do Jacaré composta por Claudia Passos, já é o hit decorado pelo bloco:

Atrás do Jacaré
Cláudia Passos
Pampulha não é só mais um cartão postal
A Pampulha agora também tem seu carnaval
E se a lagoa anda cheia de aguapé
Não me importa, assim mesmo eu saio “atrás do jacaré”!
Pampulha do JK
Do Niemeyer, do Mineirão
Da Igrejinha, do Parque Guanabara
Pampulha é arte, ousadia e diversão
Tem lugar prá quem gosta de correr
E também prá quem só caminha
E quem traz a música no coração
Vem correndo pro cordão da Oficina da Celinha.


As fantasias terão a cara da Pampulha!
Estarão presentes: personalidades do mundo musical atual, capivaras, Juscelino Kubitschek e sua esposa Sarah, São Francisco de Assis, Niemeyer, Iemanjá e muito mais.

O Bloco convida: fantasia, garrafa d’agua e muita alegria “Atrás do Jacaré”!!!
Acesso livre.

As oficinas para os foliões que querem integrar a bateria do Bloco “Atrás do Jacaré”, acontecerão entre os dias 04 e 08 de fevereiro, das 19h as 21h30. Serão ministradas oficinas de caixa, surdo, tamborim e ganzá. Informações adicionais e inscrições: (31) 3441 3465 (de 9h as 16h) ou 87983356.

24 de jan. de 2013

DONA AMBROSINA, DE DIAMANTINA E DE TODOS NÓS















(Dona Ambrosina e Márcia Francisco)

Neste post, minha homenagem à uma linda mulher.
Dona Ambrosina Dias,  que iniciou sua carreira aos 9 anos de idade, criou  e coordenou, anos a fio, o grupo das Pastorinhas de Diamantina. No resgate cuidadoso e simples da tradição, Dona Ambrosina transformou a realidade de muitas meninas pastorinhas, humildes e valorizadas através da arte.
Quem é de Diamantina, conheceu Dona Ambrosina, que levou sua arte para outros municipios, também.
Quando a conheci, me encantei, com essa fonte de sabedoria secular.
O tempo passa... hoje, aos  95 anos, Dona Ambrosina já não segue mais as Pastorinhas, ainda lúcida, vive, em Diamantina, num asilo da histórica cidade mineira. Mas, soube que ela também, preferiu assim.

Salve, Mestra de Luz! Gratidão, pela sua vida!
Que siga sua presença aqui, em paz e  com saúde.
E, que, neste seu exemplo, a tradição não se perca, que uma de suas "discípulas", leve em frente a doçura das Pastorinhas.

Na época em que fiz o vídeo a seguir, Dona Ambrosina tinha 90 anos de idade.
Gravação  ao vivo, realizada por mim, no Conservatório Estadual de Música Lobo de Mesquita - Diamantina/MG, 28 de novembro de 2007. Lançamento do Livro "Roda, Sinhá!", de Diva Dirothy Safe de Andrade Carneiro que,  com sua sensibilidade feminina, convidou a querida senhora para apresentação pública em seu prestigiado evento, nos dando este presente, em Diamantina e BH , bem como, valorizando a preciosidade de Dona Ambrosina e a tradição por ela, bem cultivada.

Com vocês, Dona Ambrosina e as Pastorinhas de Diamantina interpretam um trecho de "Tchau, amor" (domínio público, com adaptação de Ambrosina Dias).

(*quem sabe, alguém da imprensa, aproveite esta enciclopédia viva, da bela Diamantina, para uma matéria nos dias atuais? Fica minha sugestão de pauta)

16 de jan. de 2013

MOSTRA TIRADENTES

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ANTONIO PAGÉS EM BH

O ex-diretor de futebol do F. C. Barcelona esteve na capital mineira, onde falou sobre futebol e arte
















(foto: Márcia Francisco)

Belo Horizonte teve a honra de receber, na terça 15 de janeiro, em audiência para cerca de 30 pessoas, na expressiva Academia de Idéias, de Alexandre Michalick, palestra especial de Antonio Pagés, ex-diretor de futebol do F.C. Barcelona. Pagés falou sobre suas duas paixões: futebol e arte.

Expoente da gestão futebolística mundial, anos à frente do Barcelona, seu amor de time, o catalão Antonio Pagés, que domina seis idiomas revelou-se um apaixonado pelo Brasil. Há anos, visita a terra ao qual afirma que pela diversidade e beleza deveria chamar-se “Brasiles”, porque contém muitos Brasis. Pagés citou amigos, entre eles, o anfitrião belo-horizontino consultor Ivan Trilha, lá presente, ao qual reverenciou com muito respeito.

Pagés foi o responsável, entre outros respeitáveis feitos, pela contratação, no Barcelona, de jogadores brasileiros como Ronaldo, fenômeno; Romário, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, esses quatro erres são só uma ponta da visão de sucesso consciente deste mestre que conhece e nos revelou histórias da filosofia clara que faz do Barça o time e a marca que é, reconhecido internacionalmente, sem distinções de opinião. Citou Pelé e Messi, como os maiores jogadores do mundo, Messi, em sua opinião o maior, aliás “o único jogador a ganhar 4 bolas de ouro”, falou de jogadores e outros diretores da trajetória do Barcelona e afirmou “A virtude principal desta escola é aprender a jogar futebol do jeito que joga o Barça, estudar, ter disciplina e aprender a amar o clube, máximo representante nacional do povo catalão, lembrando que há 300 anos a Catalunia era um pequeno país fora da Espanha. Vocês já eram brasileiros e nós ainda não éramos espanhóis”.

As histórias contadas por Antonio Pagés, surpreenderam o público pela grandiosidade, mas, mais ainda pela verdade contida nas palavras do ex-diretor do Barcelona. Oriundo de família humilde, teve sua vida firmada em muito trabalho. Sua paixão pela arte veio, durante uma visita na infância, à casa de uma família abastada, onde pôde ver quadros na parede e perguntou a ela: “porque só temos estampas e selos, o que é preciso para ter isso?” Ficou encantado. Ali começaria seu espólio. Primeiro, adquiiriu quadros de pintores ‘pequenos’, a preços baixos, seguiu trabalhando, sonhando, vivendo, colecionando. A coleção de arte de Antonio Pagés conta com mais de 600 obras de arte e inclui nomes como Salvador Dali (do qual foi amigo pessoal, por décadas, até a morte de Dali), Miró(declarado seu pintor favorito), além dos baianos Mário Cravo Júnior, Menelaw Sete e Bel Borba, sobre o qual declarou: “Bel Borba será nas próximas décadas o artista de maior expressão internacional”. Pagés recordou seus “erros” e “perdas” como colecionador, as obras que deixou de comprar, mas, afirmou: “não me prendo às denominações da arte através dos tempos – cubismo, surrealismo, etc) – sou uma pessoa simples que gosto dos meus quadros. Compro o que gosto.”

Ao lado do futebol - que domina com primazia, falou com convicção prevendo futuros campeões, citou jogadores e até expresseu seus conselhos à valores como nosso Neymar, para que não se perca de seu talento, no mundo amplo e mesmo instável do futebol – ao lado do futebol está a arte sua outra paixão. “O jogo de futebol passa e a gente esquece, o quadro é para sempre”, disse. No entanto, não foi isso que revelou em sua palestra: sua memória é valiosa, ouvi-lo é um privilégio, enciclopédia viva que merece registros infindáveis. Sobre artes plásticas, já escreveu três livros, que venham outros tantos nas duas vertentes.

Antonio Pages, espiritualizado que valoriza nossa terra também pela diversidade e abertura no sincretismo, tem olhar à frente do seu tempo, sabe e falou, do Brasil o que lhe falta para o sucesso – genérico é pós Copa e Olimpíadas – olhar que passa por aspectos da cultura e segurança. Vê a Europa como única, embora diversa, com crescimento ampliado a partir de sua unidade e ainda arrisca: capital Berlim, cidade onde aos 17 foi para estudar alemão. Na alemanha participou da construção da maior marina do mundo com 6 mil pontos de amarras e 30km de canais navegáveis, com a água do mar Empuriabrava. Lá, construiu, entre condomínios e casas, cerca de 2 mil unidades.

Tería muito para falar de Pagés. Mas, encerro, dizendo que o Brasil abre e deve abrir suas portas para recebe-lo sempre, pois, ao lado do gestor de sucesso no futebol, este colecionador de arte e ser humano de sensibilidade tocante e inspiradora, nos revelou, na simplicidade, a sua maestria.

(por Márcia Francisco, jornalista e escritora)

(esq/dir:Alexandre Michalick, Antonio Pagés, Márcia Francisco e Ivan Trilha)