23 de mar. de 2011



ENTRE ELES, TEM MINAS:
MILTON NASCIMENTO E PADRE FÁBIO DE MELO
“ENTRE ELES, tem Minas, muitos mineiros e um sentimento
de música universal, festa garantida de sensibilidade e emoção”


No dia 26 de abril, às 21h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro – BH- MG), acontece um encontro musical inédito: no palco, Padre Fábio de Melo e Milton Nascimento. O evento é uma realização da Talentos Produções, que concretiza um antigo sonho de Padre Fábio, confesso admirador de Milton, a quem atribui grande inspiração e influência à sua arte. Quem for, será testemunha de um acontecimento único, que une as cores das duas vozes, o sabor de seus cantos, os valores de seus timbres e conceitos artísticos, além da mais pura satisfação que cada um emprega e experimenta ao cantar. Os ingressos já se encontram à venda na bilheteria do Teatro.
Os dois artistas se apresentarão acompanhados pelos músicos: Maurício Piassarollo (teclado), Cláudio Costa (guitarra e violão), Sidney Linhares (guitarra), Marcelo Linhares (baixo), Walace Santos (bateria), Aline, Jaimerson, Amilton (vocais) e de Wilson Lopes (guitarra e violão), Lincoln Cheib (bateria).
O repertório e o encontro se configuram como uma celebração da mineiridade que cada um dos artistas carrega implícita em sua obra, mas se abre em várias direções ao reunir músicas de Padre Fábio (“Sou um Zé da Silva”, “Contrários”), Milton Nascimento (“Rouxinol”, “Carta a um Jovem ator”), Milton Nascimento e Fernando Brant (“Canções e Momentos”, “Solar”, “”Nos Bailes da Vida”, “Canção da América”, “Maria, Maria”), além de Gonzaguinha (“Sangrando”), Gilberto Gil (“Se eu quiser falar com Deus”), Vicente Barreto e Paulo César Pinheiro (“Na volta que o mundo dá”), Toquinho e Mutinho (“O Caderno”, “Ao que vai chegar”).
Ainda que possam dispensar apresentações...:
PADRE FÁBIO DE MELO
É mineiro da cidade de Formiga e ficou nacionalmente conhecido a partir de 2007, com o lançamento do álbum “Vida”, tornando-se um dos maiores fenômenos de vendagem da indústria fonográfica, façanha que repetiria com os álbuns seguintes, “Eu e o Tempo”, de 2008, “Iluminar”, de 2009 e “Iluminar ao Vivo”, de 2010. Antes desses álbuns, entre outros dez títulos, Padre Fábio lançou “Tom de Minas”, manifesto poético-musical dedicado a Minas Gerais, com direito a comentário da poetisa Adélia Prado.
Sacerdote, escritor, compositor, cantor, apresentador de TV, Padre Fábio de Melo se desdobra nessas muitas ações, mas converge seu talento natural para a música, que se abre em várias direções que também revela suas raízes bem mineiras.
MILTON NASCIMENTO
Ícone da música em Minas, no Brasil e no mundo. Criou seu modo próprio de compor e cantar, misturando uma profusão de sonoridades latino-americanas-mineiras ligadas à contemporaneidade do Jazz e à força do rock, o que resultou em uma obra de fôlego que atraiu para seu criador a atenção de grandes músicos do mundo, que seriam, em um só tempo, parceiros e admiradores.Não são poucos os mestres com luz própria que se renderem a Milton: Herbie Hancokc, Wayne Shorter, Quinc Jones, Helena Hunter, Ella Fitzgerald, entre uma infinidade de músicos e cantoras no Brasil e no mundo que tocam e gravam Milton Nascimento, além daqueles que assumem claramente sua influência em sua formação musical, como o celebrado guitarrista de World Music, Pat Metheny. (foto Talentos Produções)

MINHA OPINIÃO!

O show do Juarez Moreira, especial para gravação de DVD, no dia 23 de março, Grande Teatro do Palácio das Artes, foi uma reverência à pessoa linda que ele é, ao que ele construiu de amizade, com verdade e originalidade de ser. Sem falar na competência e talentos natos. Cada musico escolhido para estar junto no palco, teve sua história construida solidamente, ao longo dos tempos com o Juá. Isso tornou a grandeza dos sons ainda mais valiosa. A maestria de Wagner Tiso, Dequech: inteiro, o som puramente elegante de Nivaldo Ornelas, serenidade leve de Maurinho Rodrigues, entidade Nenen, irreverência musical do cleber, bela parceria na direção, Kiko Mitre gigantesco ao lado do seu instrumento! Sensualidade "taronica" e o vigor do único masculino do quarteto. Ouvir todas aquelas cordas juntas às de Juarez, foi sublime! Toninho Horta: sua chegada ao palco, para ladear Juarez Moreira, provou irmandade de alma e sons, amizade digna, que permitiu os melhores sorrisos e descontração de Juarez no show. Na platéia, a música de Minas foi, ouviu, respeitou, aplaudiu e sentiu JUAREZ MOREIRA, Guanhães, Brasil, Mundo. Ali, ainda que presentes, mestres como Lucena, violonistas ímpares da nossa música, instrumentistas de todas as vertentes, cantores e tantos outros profissionais de sucesso pelos caminhos, todos eram iguais. Todos vibraram, uníssonos. No corredor da lateral esquerda, do palco, a descida de uma criança engatinhando para não chamar a atenção das câmeras, público ou comprometer o evento, traduziu bem o respeito que tomou conta do Grande Teatro. Bill Lucas, pai, comigo viu isso e, sorriu, compreendendo tudo, junto. É isso, Juarez: "você chegou sorrindo"! Muito feliz em ser testemunha desta história.
***Equipe de produção brilhou. Luiza Barcelos: "você é o cara", rs. Murilão, atento ao som, não perdeu nem as expressões de Juarez e nos ensaios, registrou com fotos, a direção do olhar do mestre. A que vi...propriamente um raio x, feito por um fiel escudeiro, que é Murilo do melhor da nossa música, através dos tempos. (Texto e fotos: Márcia Francisco)