4 de out. de 2007

EM TEMPO
Chave de ouro, no encerramento do III FIV:


Quem foi, viu de perto a performance carismática, envolvente e virtuosa de Ivan Rijos (Porto Rico), que sob aplausos esfuziantes das centenas de pessoas presentes no Teatro Sesiminas, voltou ao palco para nada menos que seis pedidos de bis atendidos! Inesquecível. Num dos retornos, duo surpresa e surpreendente com Alieksey Vianna. Rijos também recebeu no palco, todos os participantes das masterclasses do Festival e ofereceu a cada um, jogo de cordas Aranjuez, patrocinadora do artista para a vinda ao Brasil. Momento especial para os jovens estudantes e novos talentos do instrumento, que sairam alimentados com o incentivo de Ivan em gentil acolhimento. Noutro momento, o violonista mineiro Guilherme Monteiro, matou a saudade da terra, em apresentação inédita ao lado de Lionel Loueke (Benin). Os dois mostraram belas composições próprias, inclusive, e Lionel ainda coloriu o som com seu belo timbre de voz. Os organizadores do Festival, Alieksey Vianna, Fernando Araújo e Juarez Moreira, junto a Geraldo Vianna também subiram ao palco, se revezando em solos valiosos, com a Orquestra de Câmara do Sesiminas, regida por Marco A. Drumond. Ouvir Baião Barroco, de Juarez, com um sofisticado arranjo que contemplou violinos foi uma das experiências louváveis da noite, já que além da beleza, se trata de composição do próprio violonista. Fernando Araújo e Geraldo Vianna, uniram delicadeza, emoção, técnica e sublime acabamento ao ofício proposto pelo duo. Alieksey Vianna: das virtudes, sua técnica e dedicação já falam por si...sua força, expressão, emoção, alma, são a mais pura extensão do braço do instrumento que, com dignidade, nos liga à Deus. Cada um tem sua luz, sua cara, seu estilo e é essa diversidade que faz a beleza da confraternização musical que se tornou o FIV, da alegria e presença assídua da platéia... Presença notável de Sebastião Tapajós e de Peranzetta, solos aclamados do antenado David Tanenbaum...Ulisses Rocha e nosso já conhecido e sempre muito bem-vindo Ferragutti....Sons em dose dupla, com origem norueguesa, do Gvito...e outros brilhos, já mencionados na nota anterior... Foram muitas as "emoções" coroadas com a graça dos americanos do Oregon, que no domingo, encerrou o Festival. Ilustre. Salve Ralph Towner, Paul, Gleen e Mark Walker - este, baterista "o mais novo, com 11 anos no grupo" (palavras de Paul McCandless).Que sintonia...improvisos precisos, preciosos... Quem vê Oregon, compreende o sentido útil da palavra cumplicidade.

Parabéns à toda a equipe organizadora do Festival. Na torcida para a continuidade deste maravilhoso projeto, atentamente abraçado pelo Instituto Cidadania Unimed-BH. Uma parceria que, certamente, vale ouro!




















TAMBÉM EM TEMPO...Paul McCandless, o "sopro" iluminado do Oregon, ficou na cidade e na noite de terça, ao lado de Alieksey Vianna e do violoncelista grego Dimos Goudaroulis, foi a atração do Claro Minas Instrumental, na Praça da Liberdade, proporcionando outro encontro inusitado e muito feliz. Outro projeto, abraçado pela Agência de Cultura Casulo, de Danusa Carvalho, sob a curadoria de Túlio Mourão, também imperdível!
















(FOTOS MÁRCIA FRANCISCO)

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