30 de set. de 2013

HOMENAGEM A SOARES DA CUNHA


Acontecerá no dia 1º de outubro, terça-feira, às 19h, a sessão solene especial da Academia Mineira de Letras – AML, em homenagem à memória do poeta Soares da Cunha. Com entrada franca, a celebração acontecerá no Auditório Vivaldi Moreira, da Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 – Lourdes -  BH – MG).  Esta é uma  tradição da Academia Brasileira de Letras, que o atual presidente da AML, Olavo Romano está restabelecendo e Minas,  com o objetivo de homenagear os acadêmicos falecidos e estreitar os laços das familias com a entidade. Por delegação do presidente da Academia Mineira de Letras, a homenagem foi especialmente organizada pela acadêmica Carmem Schneider Guimarães, com a participação de  familiares do escritor. 

Na programação, às 19h, abertura do evento pelo Presidente da AML, Olavo Romano; leitura: “Origem das Trovas”, pela acadêmica Elizabeth Rennó; oração laudatória ao poeta Soares da Cunha, pela acadêmica Carmen Schneider Guimarães; leitura: "Prefácio do saudoso acadêmico José Bento Teixeira de Salles ao livro Sonetos (de ontem)", do homenageado, em leitura de Aloísio Garcia; atos de saudade da família: apresentação de vídeos e fotos, com homenagem da filha Christiana Lobo em background do vídeo -  música composta para o pai. Execução de música por Beto Assumpção,  para o  soneto  Metempsicose,  de Soares da Cunha. Texto musicado por Jorge Novaes

Tela de Bax, que registra o rosto de Soares da Cunha, amigo pessoal do artista, ficará exposta no Auditório, durante a solenidade.

PAI
letra e música: Christiana Lobo

Pai
Trova a dor
Trova a saudade
Em toda vida
Pesa a suavidade
Pai
Com tanta força
Trova alegria
Em boca  roxa
De vinho, a euforia
Pai
Trova em som
Soneto em cada canto
Suas palavras
Tem tanto encanto
Pai
Trova o amor
Trova a justeza
Seja em qualquer andar
Olhar nosso à tua beleza


OSWALDO SOARES DA CUNHA
Oswaldo Soares da Cunha nasceu em Baguary, município de Figueira do Rio Doce, hoje Governador Valadares (Minas Gerais), em 25 de fevereiro de 1921. Filho de Octávio Soares Ferreira e Guiomar Soares da Cunha foi o primogênito de uma família de dez filhos.  Em 1934 veio para a capital estudar em regime interno no “Ginásio Arnaldo”, onde, logo ao chegar destacou-se como primeiro aluno do Colégio, conseguindo assim uma bolsa integral para o ano seguinte. Bacharel em Direito pela UFMG (1947), exerceu advocacia apenas por um ano em Governador Valadares.   Entretanto, tangido pelo calor da terra natal retornou a  Belo Horizonte.  Durante o governo do Presidente Juscelino Kubitschek foi oficial de gabinete do então Ministro da Educação Dr.Clóvis Salgado no Rio de Janeiro. Desta forma acompanhou a construção e a inauguração da nova capital Brasília. Posteriormente retornou a  Belo Horizonte tendo sido nomeado Inspetor de Ensino.  Teve a chance de ser grande amigo de personagens ilustres do cenário político  e literário Belorizontino. Dentre os amigos mais chegados citam-se José Ramos Filho, José Aparecido de Oliveira, Edison Moreira, Theódulo Pereira, Moacyr Andrade, Celso Brant, Prof. Mario Mendes Campos, Nilo Aparecida Pinto, Petrônio Bax. Tornou-se amigo de Tancredo Neves através de seu cunhado Oswaldo Guimarães Tolentino, colega de turma da faculdade e também grande amigo. Tomou gosto pelas trovas, num primeiro contato com esta forma literária a partir da leitura de “Meu coração em cantigas”, livro recém lançado na época pelo poeta capixaba Nilo Aparecida Pinto, de quem veio a ser grande amigo. Mais conhecido como cultor exímio da arte das trovas, foi também autor de poemas e sonetos, alguns dos quais figuram em antologias de poetas brasileiros. Como pensador e, tendo como vocação a habilidade para sintetizar idéias, publicou também livros de máximas.  Publicou seu primeiro livro de trovas aos dezoito anos: “Maria”.  Profundamente sensível, surpreendendo muitas vezes pelo temperamento irreverente, ingressou na Academia Mineira de Letras em 1975, pelas mãos do acadêmico Moacyr Andrade e com o apoio do amigo, poeta e já acadêmico também Edison Moreira, ocupando a cadeira numero dois.  Casado com Ivelyse Carmelita Sigismondi Lobo, desde 1950. Ivelyse, tornando-se artista plástica ilustrou alguns de seus livros. Teve cinco filhos: Bruno, Lenora, Rosana, Armando e Cristiana. Teve doze netos e sua décima segunda neta nasceu dois dias após sua passagem. Em 2009 é homenageado e recebe a Medalha Santos Dumont. Em 2011 recebe a Medalha da Inconfidência nas comemorações de 21 de abril em Ouro Preto. Falece a 30 de junho de 2013 em Belo Horizonte aos 92 anos.
Publicações:
1939 (?) - “Maria” – Trovas    
1941 -  “Sangue da Alvorada” - Poemas
1943 – “Estrela Cadente” - Poemas
1945 – “Rosa dos Ventos” - Poemas
1950 – “Quadras”
1952 – “Sonetos e Poemas”
1955 -  “Canção dos condenados da mina” - Poemas
1957 – “A Lua no Poço” - Trovas
1961 – “Mínimas”
1969 - “Pastor de Nuvens” – Trovas             
1972 -  “Torre Sonora” - Trovas
1984 – “Mínimas” - Pensamentos
1993 -  “Livro das Trovas” - Coletânea
2003 - “Trovas  de  Sêneca”     
2003 - “Mínimas”
2009 – “Sonetos (de ontem)”

"Para Soares da Cunha, o maior dos trovadores brasileiros, inteligencia arguta, sensibilidade aprimorada e esmerada cultura, autor das "Minimas" em cujos conceitos identifiquei traços da filosofia pessimista e corrosiva de grande Chamfort, com a estima e a admiração de Tancredo Neves
(dedicatória de um presente de tancredo neves para soares da cunha, posteriormente impressa, por soares da cunha, na contracapa de seu livro mínimas)


20 de set. de 2013

CORTEO - CIRQUE DU SOLEIL ESTÁ EM BH

Em temporada, por 6 cidades brasileiras, 
Corteo - espetáculo do Cirque du Soleil  - está em cartaz na capital mineira




Corteo, que significa “cortejo” em italiano, é um desfile alegre e festivo imaginado por Mauro, o Palhaço Sonhador. Assim é a trama do fascinante espetáculo apresentado num palco 360° criado e dirigido por Daniele Finzi Pasca que o Cirque du Soleil apresenta no Brasil desde março de 2013, em temporada que passa por seis cidades brasileiras até metade de 2014. O espetáculo reúne a paixão do ator com a graça e o poder do acrobata para mergulhar o público em um mundo teatral de comédia, diversão e espontaneidade situado em um espaço misterioso entre o céu e a terra.

É, justamente, para levar o público ao espaço misterioso imaginado por Mauro, que Corteo foi concebido com números aéreos incríveis e de tirar o fôlego. Os artistas são levados ao limite e voam a 6, 8 e até 12 metros de altura. É o caso de números como Teeterboard, Thighwire, Paradise e Tournik, que levam a níveis até então não pensados técnicas de trampolim, corda bamba, trapézio e barras fixas 
Assistido por cerca de 6,8 milhões de pessoas desde a primeira estreia no Canadá em 2005, a turnê brasileira de Corteo do Cirque du Soleil é apresentada por FAST SHOP, com apoio cultural da Chevrolet Trailblazer e realização da TIME FOR FUN. A superprodução estreou em São Paulo dia 30 de março de 2013, depois, aconteceu em Brasília dia 2 de agosto, e agora chega a  Belo Horizonte, para a temporada que teve início na quinta-feira, dia 19 de setembro. Na sequência: Curitiba dia 8 de novembro, Rio de Janeiro em 27 de dezembro e finalizando a grande turnê em Porto Alegre, com estreia marcada para 7 de março de 2014.

Considerado pela crítica como um elogio às artes, Corteo integra o grande com o pequeno, o ridículo com o trágico e a mágica da perfeição com o charme da imperfeição, evidenciando a força e a fragilidade do palhaço, bem como sua sabedoria e bondade, para ilustrar a parte da humanidade que há dentro de cada um de nós. A música, lírica e lúdica, transporta Corteo através de uma celebração atemporal onde a ilusão brinca com a realidade.

CENÁRIO
O cenário e a decoração de Corteo mergulham o público em um mundo lírico, um local desconhecido entre o céu e a terra.

O PALCO
O cenógrafo Jean Rabasse dividiu a Grande Tenda ao meio, dando ao palco giratório uma visão de 360°, fazendo com que as duas partes da plateia fiquem uma de frente para a outra e, assim, ao assistirem as performances dos artistas no palco, também observam a reação do público a partir do ponto de vista dos artistas. Esta é a primeira vez que o Cirque du Soleil projeta o palco desta forma.

A PACIÊNCIA
A Paciência é uma estrutura técnica em arco feita de aço maciço que controla o interior da Grande Tenda. É um dos elementos mais complexos dentro do conjunto do show, usado para a movimentação de vários objetos cênicos e peças de equipamentos acrobáticos dentro e fora do palco, a partir do alto.

• A Paciência tem dois trilhos que atravessam a Grande Tenda;
• Cada trilho é equipado com quatro plataformas, que funcionam como carrinhos para transportar os elementos cênicos e acrobáticos;
• Os oito carrinhos têm capacidade para carregar até 450 kg a uma velocidade máxima de 1,2 m por segundo;
• Em seu ponto mais alto, a Paciência alcança a altura de 12,5 m acima do palco. É totalmente autossustentável e pode ser instalada em qualquer lugar.

CENÁRIO, FIGURINOS & OBJETOS DE CENA
Para criar mais de 260 peças de figurinos para o elenco de Corteo, a figurinista Dominique Lemieux se concentrou em acentuar a beleza natural dos artistas.

• Mais de 9.000 imagens foram utilizadas na fase de concepção do espetáculo, que mistura muitos estilos visuais e influências que vão desde o barroco até o moderno;
• Ela usou mais de 900 tipos de tecidos, concentrando-se em fibras naturais, como sedas, linhos, algodões e rendas em uma paleta de cores sutis que inclui tons de azul, cor-de-rosa, fúcsia e dourado, com diversos apliques de lantejoulas e jóias;
• Existem 40 anjos em Corteo, divididos em 4 tipos:
1      1)  Anjos de Arco; 2) Anjinhos; 3) Grandes Anjos; e 4) Anjos Auguste.

AS CORTINAS
Foi uma visita à exposição O Grande Desfile: Retrato do artista como um palhaço, na Galeria Nacional do Canadá, que inspirou Jean Rabasse a pintar a procissão Corteo nas cortinas do espetáculo. Seu projeto foi influenciado pela obra de pintores como Willette, Picasso, Tiepolo, Pelez e Cavaleiro.

• As duas peças de cortina (17,6 m de largura e quase 12 m de altura), que têm estilo barroco com sistema “Roll Drop” e quatro lados de abertura em estilo italiano, estão entre os elementos cênicos mais marcantes do show. Elas foram costuradas no Canadá e enviadas à França para serem pintadas;
• Cada uma das cortinas centrais demorou mais de duas semanas para ser pintada a óleo;
• As cortinas centrais estão fixadas em suportes que contêm grandes motores de rolamento que as enrola e desenrola quando necessário.
• A principal inspiração para as cortinas do show foi uma pintura feita em 1885 pelo artista parisiense Adolphe Willette;

O LABIRINTO
O centro do palco circular é um labirinto que reproduz com precisão as proporções e o tamanho do design clássico do chão do corredor da Catedral de Chartres, na França.

EQUIPAMENTOS TÉCNICOS E ACROBÁTICOS
Corteo apresenta uma imensa variedade de elementos inovadores em equipamentos acrobáticos, inventados dentro do próprio Cirque du Soleil, projetados especificamente para funcionar em harmonia com a cenografia do espetáculo.

• O ato Paradise reúne duas habilidades circenses que nunca foram combinadas antes: o Korean Cradle (berço coreano, em tradução livre) e a Tramponet (uma combinação de trampolim e cama elástica). Os artistas são jogados entre três estações de Korean Cradle, colocados a uma distância considerável, e então são arremessados para o alto pela Tramponet, que mede 30 m de comprimento;
• O ato Lustres tem dois candelabros aéreos gigantes, que flutuam acima do palco. Eles são decorados com cerca de 4.000 jóias brilhantes e torneados por esferas de acrílico reflexivas.

DANIELE FINZI PASCA
Criador e Diretor
Para Daniele Finzi Pasca, Corteo representa uma espécie de círculo completo, uma união de todos os segmentos de sua carreira profissional. Quando jovem, crescendo na Suíça, ele era um ginasta de competições. Passou a trabalhar no circo e, finalmente, estabeleceu uma reputação no teatro como escritor e diretor.

Daniele nasceu em uma família de fotógrafos. “Então, minha mãe tornou-se pintora”, conta ele. “Eu cresci cercado por imagens e mais imagens e eu as coloquei em movimento”. Talvez a viagem mais construtiva de sua vida tenha sido uma viagem que ele fez para a Índia, onde trabalhou como voluntário cuidando de doentes terminais. Em seu retorno à Suíça, ele fundou uma empresa chamada Palhaços Sunil, que depois mudou de nome para Teatro Sunil, em 1986. O Teatro Sunil ainda é sua “casa”, mas Daniele também viaja o mundo, com suas próprias produções e como diretor convidado por outros grupos teatrais e companhias de circo.

Um escritor muito produtivo, Daniele não restringe sua produção criativa aos palcos. Ele também publicou o livro Come Acqua Allo Specchio, uma coleção de histórias curtas. (O show Passo Migratore é baseado em uma das histórias desta coleção). O fascínio de Daniele por palhaços e palhaçadas criou raízes no famoso Circo Nock, onde ele e seu grupo se apresentaram com um número acrobático de palhaços. Desde então, ele desenvolveu uma abordagem pessoal à tradição que apresentou em cursos e workshops para empresas e organizações em todo o mundo, incluindo Canada’s National Circus School e o Cirque du Soleil.

Ele também dirigiu os aclamados espetáculos do Cirque Eloize: Nomade - La nuit le ciel est plus grand e Rain - Comme une pluie dans tes yeux. Corteo é inspirado nos devaneios de um palhaço, e baseia-se em uma antiga figura de palhaço trazida de um passado distante, antes da própria existência do circo, um momento em que eles não eram os estereótipos que conhecemos agora, mas personagens muito mais complexos. Daniele diz que o show é “situado em um nível desconhecido entre o céu e a terra, onde os deuses e os humanos podem interagir por meio do circo”. O ambiente do show é inspirado em muitas fontes de arquitetura, especialmente a Catedral de Chartres e seu labirinto, que simboliza a jornada da vida para Daniele Finzi Pasca. “O labirinto é uma grande viagem: para encontrar a si mesmo, você tem que se perder”, explica ele. Daniele Finzi Pasca nasceu em Lugano, Suíça.


O SHOW
Corteo estreou pela primeira vez em Montreal, Canadá, em 2005. Desde então, o show já visitou mais de 50 cidades (incluindo Brasília) em mais de 9 países (Brasil é o 10º) ao redor do mundo;
Corteo comemorou sua milésima apresentação em janeiro de 2008, em San Diego, EUA, e a apresentação nº 1.500 em junho de 2009, em Nagoya, no Japão. A apresentação nº 2.000 foi comemorada em Kazan, na Rússia, em setembro de 2010, e chegou à apresentação nº 2.500 em janeiro de 2012 em Barcelona, Espanha. A apresentação de nº 3.000 foi realizada em São Paulo em junho de 2013;
• Mais de 6,8 milhões de pessoas no mundo foram conquistadas pela história de Corteo.

ARTISTAS E EQUIPE TÉCNICA
Corteo tem 60 artistas de 19 nacionalidades diferentes: Argentina, Armênia, Austrália, Belarus, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Itália, Japão, Cazaquistão, Romênia, Rússia, Suécia, Ucrânia, Reino Unido, EUA e Uzbequistão. No total, são 136 funcionários e artistas de 25 nacionalidades diferentes. Além das já citadas acima, fazem parte: Áustria, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Polônia e Cingapura.

• Embora as pessoas geralmente falem Francês e Inglês na Vila Cirque du Soleil, muitas outras línguas são faladas, como: Italiano, Português, Russo entre outras;
• A turnê conta com fornecedores locais para muitos departamentos essenciais, como alimentos, biodiesel, gelo seco, máquinas, alimentos e bebidas para os clientes, bancos, serviços de entrega, reciclagem e gestão de resíduos. Isso injeta dinheiro significativo na economia local;
• Durante a turnê em uma cidade, mais de 150 pessoas são contratadas localmente para
uma grande variedade de tarefas, incluindo serviços de recepcionistas, garçons, vendedores de
ingressos, faxineiros, etc.

VILA SOBRE RODAS
A vila móvel do Cirque du Soleil inclui a Grande Tenda (Big Top), uma tenda grande na entrada para o público, a Tenda Artística, bilheteria, cozinha, escola, os escritórios, armazéns de estoque e muito mais. Completamente autossuficiente de energia elétrica, a área conta apenas com uma fonte de água local e instalações de telecomunicações para trabalhos em geral.

Uma maravilha por si só, o Cirque du Soleil tem outros 5 espetáculos de Tenda excursionando “sobre rodas”, que são: Amaluna, KOOZA, OVO, Totem e Varekai.

• A cozinha emprega um Cozinheiro Chefe e três Cozinheiros auxiliares;
• Duas pessoas (1 fisioterapeuta e 1 terapeuta) trabalham na área da saúde durante as viagens
com a trupe.
• Tal como acontece com todas as produções do Cirque du Soleil, nenhum animal se apresenta
em Corteo;

O SITE
O local do show leva 8 dias para ser montado e 3 dias para ser desmontado, incluindo a instalação da Grande Tenda e das tendas Tapis Rouge, de Entrada e Artística, além da bilheteria, escritórios administrativos e uma cozinha e sala de jantar para o elenco e equipe técnica.

• A Grande Tenda, a Tenda Artística e a Tenda Tapis Rouge são totalmente climatizadas, tanto para climas quentes como frios.

A GRANDE TENDA
Concebida por uma equipe de engenheiros canadenses, a tenda foi produzida por uma empresa francesa que é especializada em veleiros e grandes tendas: Les Voileries du Sud Ouest.

• A tela para a tenda e seus 11 túneis pesam aproximadamente 5,2 mil kg;
• A Grande Tenda mede 20 metros de altura, 50 metros de diâmetro e é sustentada por quatro mastros de 25 metros de altura cada;
• A Grande Tenda tem capacidade para 2.600 pessoas e requer uma equipe de aproximadamente 80 pessoas para instalar os assentos.

A TENDA DE ENTRADA
Uma tenda grande na entrada para concentração do público antes do início e no intervalo do show, com lanchonetes para compra de alimentos e bebidas e as lojas de merchandising.

A TENDA TAPIS ROUGE
A Tenda Tapis Rouge abriga 350 pessoas (500 nas temporadas de SP e RJ) e está disponível para eventos privados.

A TENDA ARTÍSTICA
A Tenda artística inclui uma área de figurinos, camarins, área de treinamento totalmente
equipada e uma sala de fisioterapia.

A COZINHA
A cozinha é o coração da vila, não só serve de 200 a 250 refeições por dia, seis dias por semana, como também é o ponto de encontro para a descontração do elenco e equipe.

Curiosidades
• Um total de 82 caminhões são necessários para o transporte de mais de 1.200 toneladas de equipamento que Corteo transporta. Alguns desses caminhões são usados durante a temporada como espaços de armazenamento, de cozinha e workshops;
• 2 a 3 geradores fornecem eletricidade para a Grande Tenda e todos os seus anexos.

Em BH, os ingressos para Corteo podem ser adquiridos na bilheteria  do espetáculo: 
Av. Clovis Salgado, s/n - Pampulha
Temporada 19/09 a 27/10/13

INFORMAÇÕES GERAIS
Duração do espetáculo: 150 minutos (com intervalo de 30 minutos);
Capacidade da Tenda Principal: 2.771 lugares;
Classificação etária: livre; menores de 12 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsável legal;
Acesso para deficientes - Acesso e assentos destinados apenas para cadeirantes e 1 acompanhante;
Tendas com temperatura controlada (Tenda Principal e Tenda Tapis Rouge).

SESSÕES E HORÁRIOS
• terça a sexta-feira, às 21h; (sessões às 17h em algumas datas durante a semana);
• sábados, às 17h e 21h;
• domingos, às 16h e 20h.

• Não é permitido qualquer tipo de fotografia ou filmagem dentro da Tenda Principal, antes, durante ou depois do espetáculo, mesmo que o show não esteja em curso.

MEMÓRIA MARIA HELENA BUZELIN


primorosa caixa com discos e libreto
reverencia a virtuosa cantora lírica mineira 






































Em eventos com entrada franca, tem lançamento oficial no dia 26 de setembro, quinta-feira, no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro – BH – MG), a obra “Memória Maria Helena Buzelin”.

O projeto bilíngüe – português e inglês – traz cinco discos que apresentam interpretações históricas da cantora lírica mineira, Maria Helena Buzelin (1931 +2005), destaque cultural no Brasil e no exterior, nas décadas de 60 e 80.  Une-se à obra, outro cd contendo entrevista da artista concedida a Lauro Gomes, na Rádio MEC-RJ, em 11 de abril de 1987 e ainda um libreto de raro valor histórico-cultural e biográfico.

A noite de lançamento contará com dois momentos especiais: às 19h, no foyer principal, exposição de figurinos, fotos, programas e os painéis “Jornal Memória Maria Helena Buzelin”, falecida em 2005. Layout da exposição, pela designer: Virna Genovese. Em seguida, às 20h30, acontece no Grande Teatro, o Concerto de premiação do 4º Concurso de Canto Jovens Solistas, dedicado à memória de Maria Helena Buzelin. Sob a regência do maestro Roberto Tibiriçá, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, acompanha o soprano Lilian Assumpção, que interpreta duas obras homenageando a diva.

“Quando ouvi Maria Helena Buzelin, e foi pela primeira vez, interpretando a Nedda do “I Pagliacci” de Leoncavallo, fiquei siderada pela beleza da voz, pela graça e a força que emprestou à personagem; pela técnica vocal e empatia imediata com o público, e considerei logo que estava ante uma verdadeira artista, digna dos melhores palcos do mundo que aliás ela frequentou e conquistou com sua Arte.

Tive a honra de cantar com ela o “Stabat Mater”, de Pergolesi, no Municipal do Rio e lamento que nossos contatos e parcerias tenham sido raros, as duas envolvidas em apresentações em diversas paragens.
Uma bela, culta e inteligente mulher.
Na última vez que tive a honra de sua presença, foi no Museu “Abílio Barreto”, quando tive a oportunidade de me apresentar em concerto e convocá-la para uma urgente e necessária gravação dos seus inúmeros sucessos pelo mundo.
O irmão Carlos Buzelin, convocado para tal, abraçou a idéia com verdadeiro entusiasmo. O marido, general Dalnio Starling, com amor e dedicação, e eis aí, finalmente, essa homenagem póstuma à grande cantora mineira Maria Helena Buzelin."

MARIA LUCIA GODOY 

(cantora lírica) 


Em projeto realizado com os benefícios da Lei Federal de Incentivo à Cultura, através da CEMIG, idealizado pelo marido de Maria Helena Buzelin, Sr. Dalnio Teixeira Starling, “Memória Maria Helena Buzelin”, tem a coordenação geral de Raquel Romano, pesquisa musicológica e textos do libreto de Carlos Buzelin. Produção fonográfica: Viola Urbana Produções - João Araújo; compilação: Authentic Multimidia - Nivia Queiroz; remasterização: Sonhos & Sons; concepção do projeto gráfico: Cappo Fontana e finalização: Adriano Alves. Apoio: Fundação Clóvis Salgado.
Os convites para o lançamento podem ser retirados, gratuitamente na Bilheteria do Palácio das Artes, sob a solicitação de tickets para o Concerto de premiação do 4º Concurso de Canto Jovens Solistas. Serão disponibilizados 2 (dois) pares de convite por pessoa, a partir do dia 24 de setembro.

A obra “Memória Maria Helena Buzelin” não será comercializada. Os mil exemplares serão distribuídos entre pinacotecas, bibliotecas, museus, estudantes, profissionais, e instituições relacionadas ao gênero musical e trajetória da cantora.
No entanto, 100 exemplares serão sorteados para o público do evento do dia 26 de setembro. Oportunidade muito especial para aquisição deste importante documento.
Informações adicionais: (31) 3296-3307.

Maria Helena cultuou a arte do canto com
dedicação e amor, buscando, antes de tudo,
alcançar o máximo de perfeição. Suas
interpretações constituem um acervo precioso. Sua
sensibilidade, sua técnica e a exuberância e beleza
de sua voz merecem ser lembradas pelos que
admiram essa maravilhosa arte. Lançamos assim o
Projeto Memória Maria Helena Buzelin,
objetivando tornar acessível a todos tão
importante legado.”

DALNIO STARLING
(viúvo de Maria Helena e idealizador do projeto)

ROTEIRO FONOGRÁFICO  “MEMÓRIA MARIA HELENA BUZELIN”
Disco A - Compositores Clássicos
1.    W.A. Mozart –Moteto  Exultate Jubilate- (Orquestra do Teatro Nacional de Brasília- Regente Emílio de Cesar)
2.    C. Monteverdi- Lasciate mi morire - (Ariana) - (Claudia Morena - Piano)
3.    G. Pergolesi - Vidit Suum  - (Stabat Mater) - (Claudia Morena - Piano)
4.    G. Pergolesi - Se  Tu M'ami - (Orquestra Regente Leo Perachi )
5.    G. Pergolesi - Cujus Animam - (Stabat Mater) - (Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC - Regente Alceu Bochino)
6.    G. Pergolesi - Vidit Suum - (Stabat Mater) - Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC - Regente Alceu Bochino)
7.    G. Haendel - O! Had I Jubals Lyre - (Claudia Morena - Piano)
8.    G. Paisiello - Nel Cor Più Non Mi Sento - (Claudia Morena – Piano) 
9.    L. Van Beethoven -  A! Perfido - (Claudia Morena - Piano)
10. Padre José Maurício –Et Incarnatus- (Missa Solene ) - (Orquestra Sinfônica de São Paulo - Regente Eleazar de Carvalho )
11. G. Rossini – Oh! Salutaris -(Pequena Missa Solene) - (Hermelindo Castello Branco - Piano )


Disco B - Compositores Românticos
Siete Canciones Populares Españolas
1.    El  Paño Moruño
2.    Seguidilla Murciana
3.    Asturiana
4.    Jota
5.    Nana
6.    Canción
7.    Polo
Manuel de Falla – (Willian Naboré – Piano)
8.    Romance – Claude Debussy - (Claudia Morena – Piano)
9.    Mandoline – Claude Debussy – (Claudia Morena – Piano)
10. Zueignung – Richard Strauss – (Claudia Morena – Piano)
11. Cäcilie – Richard Strauss – (Claudia Morena – Piano)
12.  Com Amores La Mi Madre – Fernando Obradors – (Claudia Morena- Piano)
13.  Al Amor – Fernando Obradors – (Claudia Morena – Piano)
14.  Aprés un Rêve – G. Fauré – (Claudia Morena – Piano)
15.  Hymne – G. Fauré – (Claudia Morena – Piano)
16.  Storne Latrice – Otorino Respighi – (Claudia Morena – Piano)
17.  Widmung – R. Schumann  -  (Claudia Morena – Piano)
18. Stil Wie Die Nacht – Carl Bohm – (Hermelindo Castello Branco – Piano)
19. Ombra di Nube – Licinio Refice – (Claudia Morena – Piano)
20. Ave Maria – C.Gounod –  (Renata T. Cox – Piano)
I Canti de La Sera
21. L’Assiolo Canta
22. Alba di luna Sul Bosco
23. Tristezza Crepuscolare
24. L’Incontro
Francesco Santo Liquido -  (Hermelindo   Castello Branco – Piano)
25. Les Filles de Cadix -  Leo Delibes – (Orquestra da Rádio Nacional do Rio de Janeiro – Regente Leo Perachi)


Disco C - Músicas Líricas (Árias)

1.    Michiamano Mimi (Bohème) – G. Puccini – (Orquestra do Teatro Municipal do Rio de    Janeiro – Regente Santiago Guerra)
2.    Addio Senza Rancore (Bohème) – G. Puccini – (Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro – Regente Santiago Guerra)
3.    Um Bel Di Vedremo (Madame Butterfly) – G. Puccini – (Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro – Regente Santiago Guerra)
4.    Tu Tu (Madame Butterfly) – G. Puccini – (Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro – Regente Santiago Guerra)
5.    Visci D’Art (Tosca) - G. Puccini – (Claudia Morena – Piano)
6.    Ah! Force Lui (Traviata) – G.Verdi – (Orquestra Sinfônica de Minas Gerais - Regente Sérgio Magnani)
7.    Sempre Líbera (Traviata) - G. Verdi – (Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Regente Sérgio Magnani – Tenor João Alberto Persson)
8.    Addio Del Pasato (Traviata) - G. Verdi – (Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Regente Sérgio Magnani)
9.    Ária di  Nedda  (Pagliacci) – Rudggero Leon Cavallo – (Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Regente Santiago Guerra)
10. Ária das Jóias (Fausto) – C. Gounod –(Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro – Regente Jacques Pernoo)
11. Ária di Michaella (Carmen) – G. Bizet -  (Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro – Regente Henrique Morelembäum)
12. Polaca (Guarani) - Carlos Gomes – (Renata T. Cox – Piano)
13. Come Serenamente Il Mar (Lo Schiavo) -  Carlos Gomes - (Hermelindo Castello Branco – Piano)
14. Come Escollo (Cosi Fan Tuti) – W.A. Mozart – (Hermelindo Castello Branco – Piano)
15. Ebben N’Andró Lontana (La Wally) – Alfredo Catalani –(Hermelindo Castello Branco  - Piano)
16. Ária de Cacilda (Os Doidos  Fingidos de Amor) -  Bernardo J. de Souza Queirós – (Orquestra Sinfônica  Nacional da Rádio MEC -  Regente  Alceu Bochino)
                      Disco D - Músicas Líricas (Duetos)
1.    Dueto com Pinkerton (Butterfly) - G. Puccini - (Pinkerton: Tenor Zaccaria Marques - Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro – Regente Santiago Guerra)
2.    Dueto com Sharpless (Butterfly) – G. Puccini – (Sharpless: Barítono Nelson Portela. Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro – Regente Santiago Guerra)
3.    Dueto com Suzuki (Butterfly) – G. Puccini – (Suzuki: Soprano Carmen Pimentel. Orquestra do  Teatro Municipal do Rio de Janeiro – Regente Santiago Guerra)
4.    Dueto com Giorgio Germont (Traviata)-G. Verdi – (Giorgio Germont: Barítono Constanzo Maschite. Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –Regente Sérgio Magnani)
5.    Dueto com Silvio (Pagliacci) – R. Leon Cavallo – (Silvio: Barítono Ricardo Vilas. Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Regente Santiago Guerra)
6.    Dueto com Fausto (Fausto) – C. Gounod – (Fausto: Tenor Michel Caron. Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro – Regente Jacques Pernoo) 
              Disco E - Músicas Brasileiras
1.    Bachianas Brasileiras Nº 5 - Heitor Villa Lobos-(Wiillian Naboré-Piano)
2.    Canção do Poeta do Século XVIII- Heitor Villa Lobos-(Francisco Buzelin - Piano)
3.    Nhapopê - Heitor Villa Lobos-(Willian Naboré-Piano)
4.    Lundu da Marquesa de Santos - Heitor Villa Lobos- (Orquestra da Rádio Nacional do Rio de Janeiro-Regente Leo Perachi)
5.    Medroso de Amor- Alberto Nepomuceno - (Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC - Regente Alceu Bochino)
6.    Coração Indeciso-Alberto Nepomuceno-(Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC-Regente Alceu Bochino)
7.    Trovas - Alberto Nepomuceno-(Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC-Regente Alceu Bochino)
8.    Cantigas - Alberto Nepomuceno -(Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC - Regente Alceu Bochino)
9.    Cantilena-Alberto Nepomuceno-(Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC-Regente Alceu Bochino)
10. A Jangada-Alberto Nepomuceno-(Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC-Regente Alceu Bochino)
11. Uirapuru - Waldemar Henrique -(Francisco Buzelin - Piano)
12. Hei de seguir teus passos - Waldemar Henrique - (Francisco Buzelin - Piano)
13. Passarinho está cantando - Francisco Mignone - (Francisco Buzelin - Piano)
14. Carnaval - Heckel Tavares- (Cláudia Morena - Piano)
15. Minha Terra Tem - Iseu Salerno -(Francisco Buzelin - Piano)                                
16. Ternura - Francisco Buzelin - (Francisco Buzelin - Piano)
17. Moreninha Brejeira - Francisco Buzelin-(Francisco Buzelin - Piano)
18. Praça XV - Francisco Buzelin - (Francisco Buzelin - Piano)
19. Maria-  J.Araújo Viana - (Francisco Buzelin - Piano)
20. Serenata - Pedro de Castro - (Francisco Buzelin - Piano)
                       21. Meus Pecados - Camargo Guarnieri -(Francisco Buzelin - Piano)
22. Por Que - Camargo Guarnieri - (Willian Naboré - Piano)
23. Toada - Frutuoso Viana - (Willian Naboré - Piano)
24. Praia Vermelha - Maria Helena Buzelin -(Francisco Buzelin - Piano)
25. Aboio-Ernani Braga - (Francisco Buzelin - Piano)
26. Maria Macambira - Babi de Oliveira -(Renata T. Cox- Piano)


Disco F  -  Entrevista de Maria Helena Buzelin a Lauro Gomes, na Rádio   MEC – Rio de Janeiro,  em 11 de abril de 1987.   

 “Aclamada pela voz nas vestes líricas, admirável atriz que encantou

plateias, aqui e no exterior.

Camerista, dominava partituras complexas, interpretando-as mediante

refinado bel-canto.
Porte encantador, suavidade e carismático magnetismo, alguns dos
seus atributos reiteradamente ovacionados.
Viveu para a música. Estudiosa e culta, angariou o respeito e a admiração
dos colegas, do público e da crítica.
Sem pretensões, ostentou elevado cetro artístico, com reverência e delicadeza.
Cativante, amealhou amigos e a simpatia de todos os que a conheceram,
ou com ela conviveram humana e artisticamente.
Mas, para mim, a irmã, o ser virtuoso e bom, superam a cantora!
Deixam no meu coração o pulsar do fraterno amor, de imorredoura
saudade!
Maria Helena Buzelin, de tantos personagens, desde a minha infância
será eternamente a “Neneca” que jamais haverá de morrer...”
CARLOS BUZELIN