14 de fev. de 2007


CÉLULA GENÉSICA
“Ao gerar a vida, células genésicas – de um lado o espermatozóide e do outro, o óvulo - se integram em processos cientificamente observados.
Mas, além das expressões corpóreas o ser humano compreende sua herança espiritual.
A divindade inspira os seres a encontrarem seu caminho, numa conexão invisível que tece a trama da vida com o fio que interliga os seres.
Pais, filhos, sementes de única genética, lado a lado, em projeção de arte, consciência, evolução.” (Márcia Francisco)
A artista plástica Elisa Pena comemora seus bem vividos 30 anos de carreira e no dia 1º de março, quinta-feira, às 20h, inaugura a exposição “Célula Genésica”, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21 térreo – Funcionários – BH – MG – 31 3269 1166). Na exposição, duas surpresas: além das esculturas, a artista realiza a primeira mostra de suas telas e apresenta a arte de seu filho, o artista plástico Fred Pena. A mostra conjunta fica em cartaz até o dia 16 de março. Horário de visitação: de segunda á sexta de 8h às 20h e sábados de 8h ás 13h.
De Elisa Pena esculturas elaboradas em terracota e ferrocimento, recobertas com limalha de ferro e cobre, resinas e banho de ácidos, além das telas que carregam a personalidade de sua obra. As formas arredondadas, o relevo, a textura e as tonalidades que revelam a presença das terras e montanhas de Minas. Consciente e incansável em seu exercício diário de criar, descobrir, investigar, Elisa Pena trabalha em seu atelier no Bairro Belvedere. Nas telas, preenche todos os espaços. Das mãos da artista uma expressão em busca e transparente mostra: a verdade. As esculturas ganham vida, nas formas gigantescas e suas expressões serenas.
Se Fred Pena, também escultor, trouxe nas veias as habilidades da mãe, resgata em suas obras - de arame galvanizado, personalidade própria, em delicado e visível equilíbrio de tramas e intenções. O vigor e a nobreza do ferro encontram a leveza do sentimento incrustado em cada uma de suas obras.
A escolha do nome ‘Célula Genésica’ parece bem traduzida, na transparência do arame que nos revela em cores, telas e esculturas a magia da arte do encontro entre os seres. (FOTO: MÁRCIA FRANCISCO)
A mostra de Elisa e Fred Pena é uma pausa que nos permite ganhar fôlego diante de um cotidiano que precisa ser mais e mais reinventado por meio da coragem de criar.
(Bartolomeu Campos de Queirós – escritor)

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